CCBB comemora seis anos em BH com mostra inédita de Paul Klee
A relevância de Paul Klee (1879-1940) para as artes é inquestionável. No início do século XX, seu trabalho marcou a história do modernismo, um legado que pode ser apreciado em visita ao acervo do Zentrum Paul Klee, de Berna, Suíça, cidade onde o artista nasceu e residiu, ou, agora, em Belo Horizonte, no CCBB, que apresentará 120 trabalhos minuciosamente selecionados diretamente da instituição que é responsável pelo zelo de mais de 4 mil obras do artista. Paul Klee – Equilíbrio Instável é inédita na América Latina e permanecerá em cartaz no CCBB Belo Horizonte até 18 de novembro.
Presente para a cidade, a exposição marca o sexto aniversário do CCBB Belo Horizonte e consolida a força da instituição, que quebrou todos os recordes de público do Estado com sua última mostra, conferida por 605 mil visitantes em 66 dias de visitação. Desde que chegou à capital mineira, em 27 de agosto de 2013, o CCBB firma-se como um importante destino turístico e uma referência de arte e cultura para todas as idades. Mais de 5,5 milhões de visitantes já desfrutaram de uma vasta programação de qualidade, em centenas de projetos nas áreas de artes visuais, teatro, música, dança e educativo. Vale lembrar que o aspecto formador de Paul Klee – Equilíbrio Instável poderá ser experimentado nas propostas que serão desenvolvidas pela Programa CCBB Educativo, com conteúdos acessíveis e diversificados para cada faixa etária. “É com grande satisfação que agora oferecemos para o público que visita a cidade de Belo Horizonte a oportunidade de contato com mais um grande nome da arte do século XX. Essa exposição reforça o nosso compromisso com a democratização do acesso à cultura e a formação de público diversificados para as artes”, afirma Leonardo Corrêa Camargo, gerente geral do CCBB Belo Horizonte. “É muito significativo para a Expomus levar a mostra de Paul Klee para Belo Horizonte, um território pleno de cultura em que todos poderão se inspirar nesse grande artista”, aponta, Maria Ignez Mantovani Franco, diretora da Expomus.
Um dos atrativos da exposição brasileira, que tem entrada livre para todas as idades, é o conjunto de cinco dos fantoches produzidos por Klee para seu filho Felix, entre 1915 e 1925. O artista criava as cabeças e as roupas a partir de restos de tecidos velhos e materiais simples que ele encontrava em casa, como carretéis de linha, tomadas ou ossos de boi fervidos. Segundo a curadora da exposição, “Klee nunca manipulava os bonecos, deixando a brincadeira inteiramente para o seu filho, que entretinha a família e os amigos com seu talento cômico”.
O visitante da exposição no Brasil também poderá apreciar um núcleo que reúne um facsímile de Angelus Novus e mais 15 desenhos dedicados a essa temática, retratada em texto pelo filósofo alemão Walter Benjamin (1892-1940) e que se tornou referência para pensar a trajetória humana. Paul Klee – Equilibro Instável abrange todo o período da vida artística de Klee, apresentando obras raras e pouco conhecidas – uma produção que se inicia ainda em sua juventude, no final do século XIX. É, portanto, uma exposição fundamental sobre o artista para aqueles que apreciam a sua obra e a história da arte.
A curadoria é de Fabienne Eggelhöfer, com organização e produção da Expomus, associada da Aberje, e Zentrum Paul Klee. O patrocínio é do Banco do Brasil, associado da Aberje, e da BB Seguros. A entrada é gratuita.
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