Capítulo Aberje Brasília debate “Práticas comunicacionais: diálogos e conexões em ambientes híbridos”
Estiveram reunidos profissionais de comunicação do Banco do Brasil, da Norte Energia, da Eletronorte, do Grupo In Press e da fundação Banco do Brasil
O 4º encontro do Capítulo Aberje Brasília, realizado no dia 10 de dezembro, reuniu convidados especiais para debater o tema “Práticas comunicacionais: diálogos e conexões em ambientes híbridos”. Participaram do evento a superintendente de Comunicação e Relações Institucionais da Eletronorte e Diretora do Capítulo Aberje Brasília, Michele Silveira; o gerente de Soluções de Comunicação Interna do Banco do Brasil Giovanni Nobile; a Gerente de Comunicação e Imprensa da Norte Energia, Camilla Toledo; a gerente de Soluções de Comunicação na Fundação Banco do Brasil, Patricia Chaim e a sócia-diretora da Oficina Consultoria de Reputação e Gestão de Relacionamento e sócia do Grupo In Press, Patrícia Marins como mediadora.
Ao compartilhar os aprendizados na comunicação interna do Banco do Brasil, Giovanni Nobile frisou a importância do diálogo. “Nos acostumamos a uma comunicação que tinha muito mais o conceito de informar do que de comunicar. A geração mais nova, dos anos 2000 para cá, já entende a comunicação como diálogo, de fato, pois já nascem no mundo de redes sociais onde essa base retoma com muita força”, disse.
Segundo Nobile, no Banco do Brasil, a pegada digital é muito forte e a comunicação com o público interno ocorre via intranet em que convergem todos os tipos de conteúdo como inovação, sustentabilidade, esporte e cultura, entre outros. Estruturalmente focados em meios digitais, há uma diversidade de temas e de formatos de conteúdo como textos, fotos, vídeos, infográficos, entre outros. “Esse meio digital nos proporciona uma facilidade de troca muito maior com o funcionário porque temos o diálogo, o debate de divergência de ideias é bem-vindo. Não é raro vermos a comunicação interna com potencial de alimentar as diversas áreas do banco para que as inovações surjam”, acentuou.
Para contar um pouco a experiência do diálogo com comunidades diversas como pescadores, população ribeirinha e indígenas, Camila Toledo, falou um pouco sobre a Norte Energia, empresa privada, responsável pela concessão da usina hidrelétrica Belo Monte, instalada no Rio Xingu, região sudoeste do Pará. “Com seus 11.233 megawatts de capacidade instalada, Belo Monte é a maior hidrelétrica 100% brasileira – Itaipu tem 14 mil megawatts, mas é binacional”, iniciou.
“Temos como um grande desafio, a multiplicidade de públicos. Além de sermos a maior empresa da região e uma das maiores da região da Amazônia, temos que conversar com todo mundo: com as famílias transferidas para novos bairros – cerca de 20 mil pessoas que viviam em palafitas sobre os igarapés e que transferimos para novos bairros que foram construídos pela empresa; com os pescadores e ribeirinhos e com os povos indígenas”, contou.
Desde 2010, a empresa tem como premissa de atuação manter um diálogo permanente com as comunidades, como uma agente de desenvolvimento da região. “A empresa desenvolve um programa de interação social e comunicação para conversar com essas comunidades que foram mais diretamente impactadas pelas atividades de implantação da usina, sobre as etapas dessa implantação. Toda essa transformação foi conduzida pela área técnica responsável com o apoio da área de comunicação”, disse.
“Como estratégia, adotamos uma premissa que é o diálogo permanente, o conhecimento e a valorização da linguagem local, das tradições, costumes e cultura, principalmente com os indígenas e ribeirinhos, além da escuta ativa, falar e ouvir de forma que todos se sintam contemplados da decisão que está sendo tomada, para que se sintam protagonistas”, complementou.
Em seguida, Patrícia Chaim compartilhou sua experiência na Fundação BB, braço social do Banco do Brasil e principal instituição que executa o ISP – Investimento Social Privado, que é um compromisso em sustentabilidade declarado em uma campanha institucional realizada no início deste ano. “Na fundação, o nosso principal eixo de atuação é a geração de trabalho e renda. As instituições do terceiro setor elegem essa causa e buscam os caminhos para apresentar resultados. Entre esses caminhos estão os temas transversais que são: a educação, o meio ambiente, a tecnologia social, o voluntariado e a assistência social”.
Na ocasião, Patrícia destacou o propósito da Fundação, que é “Valorizar vidas para transformar realidades” e fez um paralelo com a comunicação: “Valorizar vidas para transformar a comunicação” ou “transformar a comunicação para valorizar vidas” e ressaltou que isso pode ser feito por meio de ações promocionais. “As ações promocionais encontraram um espaço interessante nesses dois últimos anos trazendo iniciativas sustentáveis”, disse. “É trazer para uma ação promocional, trazer para essas soluções de comunicação projetos sociais e ambientais que são apoiados pela marca dentro do território de sustentabilidade”, completou, contando que desde abril de 2020, foram realizados pela fundação, mais de 60 eventos híbridos, alcançando 26 milhões de pessoas.
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