25 de março de 2022

BNDES e Estado do Rio assinam protocolo para projetos de reflorestamento da mata atlântica

Programa Floresta Viva, matchfunding criado pelo BNDES, receberá doações de R$ 200 milhões do programa estadual Florestas do Amanhã e outros R$ 70 milhões da CEDAE

 

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) e a Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade do Rio de Janeiro (SEAS) firmaram ontem protocolo de intenções para participação do Estado no programa Floresta Viva. Pelo acordo, assinado entre o diretor de Crédito Produtivo e Socioambiental do BNDES, Bruno Aranha, o governador do Estado do Rio, Cláudio Castro, e o Secretário do SEAS, Thiago Pampolha, iniciativas para reflorestamento da Mata Atlântica receberão doações de R$ 200 milhões do BNDES, R$ 200 milhões que fazem parte do programa Florestas do Amanhã do Governo do Rio e outros R$ 70 milhões da Companhia Estadual de Água e Esgoto (CEDAE).

O Floresta Viva é um matchfunding criado pelo BNDES que estimula o apoio privado a projetos de restauração florestal com espécies nativas e com sistemas agroflorestais nos vários biomas do território brasileiro por meio de aportes complementares por parte do Banco. Os R$ 200 milhões do Estado fazem parte do programa estadual Florestas do Amanhã, que tem como objetivo o reflorestamento da Mata Atlântica através do plantio de  mudas de espécies endêmicas do bioma nos territórios fluminenses.

“Estou muito feliz em poder fazer esse anúncio da parceria entre o BNDES e o governo do Estado num dos maiores programas de reflorestamento de floresta nativa no Estado do Rio, que é a conjugação de esforços do Florestas do Amanhã e do Floresta Viva. Convido as demais empresas que se juntem a essa parceria para que possamos atingir os objetivos do desenvolvimento sustentável e os compromissos para o processo de descarbonização feitos pelo Brasil”, discursou Bruno Aranha durante o evento, realizado aos pés do Cristo Redentor, no Morro do Corcovado.  “O Brasil tem o maior capital ambiental do planeta, e, portanto a vocação pra ser um centro de negociação destes créditos de carbono do mundo. A certificação de projetos gera a possibilidade de emissão de créditos de carbono. E esse é um grande instrumento para gerar financiamento climático.”

A solenidade marcou o início da Rio2030 (https://www.rio2030.org/) e contou com representantes da Autoridade do Desenvolvimento Sustentável, das Águas do Rio e da Firjan. A benção inicial foi dada pelo Padre Omar, reitor do Santuário do Corcovado, seguida pela apresentação sinfônica da Orquestra Maré do Amanhã.

“Inauguramos novos tempos no Estado do Rio de Janeiro baseado no tripé trabalho, diálogo e parcerias. O Floresta Viva, em parceria com o BNDES, é um desses marcos. Ao firmar esta ação voltada para o desenvolvimento sustentável fluminense, pensamos não somente nesta, mas nas futuras gerações que aqui vão habitar”, explicou o governador do Rio, Cláudio Castro. ” Inclusive, desafio o BNDES a dobrar o valor dessas doações muito em breve”, complementou, em tom divertido.

“A garantia da segurança hídrica no estado passa pela proteção, conservação e recuperação da nossa Mata Atlântica. Hoje pactuamos um acordo importante que vai garantir o fortalecimento do programa desenvolvido na secretaria, o Florestas do Amanhã, e proporcionar maior equilíbrio ambiental para o Rio de Janeiro”, destaca o secretário de estado do Ambiente e Sustentabilidade, Thiago Pampolha.

O Governo do Estado do Rio de Janeiro se junta a parceiros como Petrobras, Coopercitrus, Energisa, Grupo Heineken, Itaipu, Governo de Mato Grosso do Sul, Philip Morris Brasil e Vale (Fundo Vale). Estas empresas devem investir até R$ 250 milhões no Floresta Viva pelos próximos sete anos, cabendo outros R$ 250 milhões ao BNDES.

 

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