Colaboração é agenda de destaque na COP26
A 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26) manteve viva, ainda que distante, a meta de limitar a elevação da temperatura média do planeta a 1,5 °C em relação aos níveis pré-industriais. Ao mesmo tempo, saiu fortalecida do encontro a busca de metas que envolvem boas práticas ambientais, sociais e de governança, conhecidas pela sigla ESG.
Trata-se de um movimento que começou a ser construído por meio do diálogo do setor empresarial com o governo e outros segmentos da sociedade, muito antes da COP26, encerrada este mês em Glasgow, no Reino Unido. O encontro, contudo, demonstrou a dimensão desse engajamento, evidenciado, por exemplo, pelo número crescente de organizações que se comprometem com a neutralidade das suas emissões de carbono até 2050.
Planejar e entregar resultados, com metodologia e gestão, são atividades intrínsecas à rotina dos negócios. A agenda climática exige as mesmas habilidades de maneira colaborativa. Essa é uma característica da abordagem ESG, que não sustenta ações individuais com o propósito de construir reputação de maneira superficial.
Empresas se posicionaram durante a COP26 para anunciar compromissos de sustentabilidade, a partir de suas vocações naturais para planejar, articular, engajar e mobilizar outras empresas e governos numa mesma direção, com visão estratégica de negócios.
As práticas ESG vieram para ficar porque são uma cobrança de toda a sociedade a partir de compromissos concretos. Por isso, o fator que diferencia a agenda real do greenwashing é o compromisso público com metas de curto, médio e longo prazo. E existem diversos recursos que proporcionam a transformação desses princípios em resultados, como o mercado regulado de carbono, cujas regras foram aprovadas durante a COP26. Outras iniciativas também podem reforçar a incorporação da sustentabilidade na estratégia de negócios, como a vinculação da remuneração de executivos e a captação de financiamentos vinculadas a indicadores de desempenho ambiental, social e de governança.
A divulgação de resultados alcançados, por sua vez, atua como agente de engajamento, porque apresenta referências a serem utilizadas em iniciativas de outras empresas. É nesse momento que a comunicação desempenha um papel essencial e desafiador.
A sustentabilidade pressupõe visão de longo prazo e olhar holístico, e demanda um acompanhamento contínuo, de evolução permanente, com metas e compromissos. Ao mesmo tempo, é uma agenda complexa e de dimensões superlativas que precisa ser explicada para os mais diversos públicos.
Dias antes do início da COP26, a Suzano anunciou a antecipação para 2025 da meta de remoção líquida de um excedente de 40 milhões de toneladas de CO2 da atmosfera, antes prevista para 2030. Ao fazê-lo, reforçou o compromisso de captura de carbono e a compreensão de que as mudanças climáticas são um tema prioritário para a companhia. A partir do anúncio, a Suzano também convidou outras empresas a seguirem o caminho de anteciparem suas metas, buscando não apenas compromissos de longo prazo, mas também objetivos de curto e médio prazos.
Em termos práticos, 40 milhões de toneladas representam as emissões da cidade de São Paulo durante 2 anos. Para isso, a Suzano conta com um total de 2,4 milhões de hectares de florestas sob sua gestão, dos quais 40% são dedicados a áreas de conservação.
A meta de remoção de carbono é um dos 15 objetivos da Suzano reunidos nos Compromissos para Renovar a Vida, compromissos com a sociedade que abrangem aspectos vinculados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, tais como emissões e mudanças climáticas, gestão hídrica, diversidade e combate à pobreza. Neste último, o aspecto social está representado pela meta da Suzano de retirar 200 mil pessoas da linha da pobreza nas áreas de influência de suas operações, a partir de programas de geração de renda e melhoria da educação.
Está cada vez mais claro que a construção de reputação com base nesses princípios cria oportunidades com a atração de novos talentos e o engajamento do público interno. Fortalece, também, o espírito colaborativo e de transformação junto a outros stakeholders.
Esse é o propósito que move a iniciativa 2050 Agora, na qual a Suzano convoca o setor empresarial a buscar metas de longo prazo no enfrentamento das mudanças climáticas. O propósito é manter o debate sobre o tema além dos encontros anuais das COPs, com informações e produção de materiais que estimulem o devido senso de urgência.
Trata-se de uma agenda contemporânea, que promove impactos positivos na sociedade. Entendemos que é hora de falar sobre isso e de contribuir com resultados que podem servir de referência para outras empresas. Estamos no início dessa caminhada e a Comunicação frequente, consistente e coerente será fundamental para posicionar nossas empresas e promover transformações positivas para toda a sociedade.
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