27 de novembro de 2017

Artigo apresentado em congresso internacional defende diversidade e subjetividade na comunicação

congresso ibercom_Emiliana

Nos dias 16 a 18 de novembro, aconteceu o XV IBERCOM, congresso internacional organizado pela ASSIBERCOM – Associação Iberoamericana de Pesquisadores da Comunicação, na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa.

O Congresso teve como tema geral “Comunicação, Diversidade e Tolerância”. Emiliana Pomarico Ribeiro, gerente da Área Educacional da Aberje e professora nos cursos da associação, apresentou o trabalho “Novas Narrativas da Comunicação Organizacional: afetividade e respeito à diversidade através de micronarrativas”, escrito em coautoria com Paulo Nassar, diretor-presidente da Aberje e professor titular USP.

O artigo abordou sobre a necessidade de se repensar os processos de comunicação a partir das interpretações, compreensões e construções de significados que as pessoas fazem. Essa nova forma de pensar, para os autores, precisa ser baseada em rituais e em valores transcendentes e subjetivos – como os sentimentos e os afetos dos indivíduos que vivem e se inter-relacionam em um novo contexto de mundo, digital, efêmero e excessivo. Na visão deles, as novas narrativas da comunicação são aquelas atentas à realidade em que vivemos, formada por uma multiplicidade de micronarrativas, ou seja, por uma diversidade de vozes, opiniões, histórias, crenças, valores, ideias, escolhas e jeitos de ser e estar no mundo.

Ao se falar em novas narrativas, Emiliana e Paulo estudam a importância da compreensão dessas micronarrativas como auxiliadoras no processo da humanização, da afetividade, da dignidade e do respeito às pessoas que fazem parte das organizações, independentemente do seu jeito de ser e estar no mundo.  Uma comunicação afetiva e humanizada não se trata de mensagens objetivas, iguais e disparadas para todos, como se informasse como deve ser cada gesto, cada sentimento e cada sonho de futuro de quem as recebe. Mesmo porque, sentimentos, sonhos e futuro não estão preparados para serem iguais a todas as pessoas. Tampouco se trata da criação de peças ou de manuais, racionais e técnicos com metas, exigências e comportamentos, mas do real entendimento da necessidade de um ambiente que possibilite e fomente a manifestação das subjetividades e das diversidades e, principalmente, que possibilite a escuta – não a que vigia e pune, mas a que quer conhecer e aprender. E que, por isso, proporciona também a realização da autocrítica e da transformação de pensamentos e de ações.

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