Arenas Aberje de Comunicação discutiu Diversidade nas Organizações no dia 30 em SP
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Por Marina Caiado (Jornalismo Junior)
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Estamos cercados por pessoas muito diferentes entre si. Diferentes corpos, etnias, orientações sexuais, gêneros e outras inúmeras características constroem o que chamamos de diversidade. Esse assunto é cada vez mais discutido no meio corporativo à medida que as chamadas minorias conquistam seu espaço. Pessoas LGBT+, negros, mulheres e portadores de deficiência são – para dizer o mínimo – consumidores importantes para as empresas, de modo que é necessária uma comunicação direcionada a esse público. Mas não basta apenas falar de diversidade ou expressar isso em anúncios publicitários, é preciso que a empresa adote uma postura efetiva de inclusão e respeito às diferenças, especialmente com seus funcionários, inclusive transformando isso em valor de marca. “Diversidade é convidar para a festa, inclusão é chamar para dançar”.
Esse foi o foco do 5º Arenas de Comunicação, cujo tema foi “Diversidade nas Organizações: entre a Ética e o Oportunismo”, que aconteceu no dia 30 de outubro, em São Paulo. Com abertura de Hamilton dos Santos (diretor-geral da Aberje), a mesa de discussão contou com a mediação de Debora Gepp (responsável pela construção do Programa de Diversidade e Inclusão da Braskem). As palestrantes foram de Juliana Ferrari (gerente sênior de Comunicação da Avon), Lais Drezza (gerente de Responsabilidade Corporativa da Sanofi), Maria Tereza Gomes (sócia-diretora da Jabuticaba Conteúdo e copresidente da ONG Professional Women’s Network), Patricia Lima (líder de Inclusão para a América Latina na Dow) e Sheila D’Amorim (coordenadora de Comunicação Integrada do Banco do Brasil).
Maneiras de se valorizar a diversidade dentro de uma organização vêm sendo bastante exploradas. Um dress code mais livre, por exemplo, além de deixar os funcionários mais confortáveis, pode fazer com que sintam que a empresa respeita suas individualidades. Foi o que relataram Sheila D’Amorim e Lais Drezza, sobre experiências semelhantes em suas respectivas empresas. Também é muito rico aos funcionários trabalhar com equipes diversas. A proximidade com pessoas de grupos minoritários abre caminho para aprendizados e possibilitam a quebra de preconceitos, pontos muito bem explorados por todas as palestrantes.
A questão da igualdade de gênero na comunicação e no mundo corporativo também não pôde ser deixada de lado, principalmente em uma mesa com cinco mulheres discutindo a temática da diversidade. Se por um lado as mulheres conquistaram espaço, ainda estão longe dos cargos de liderança, essa é talvez o maior desafio à questão de gênero no mercado de trabalho. Não basta apenas a presença das mulheres nas organizações, elas precisam ter voz e precisam ter as mesmas oportunidades para liderar.
Juliana Ferrari conta que na Avon há um berçário disponível para os filhos pequenos. Assim, foi possível à executiva tê-los sempre por perto e amamentá-los quando necessário. Esse é um exemplo de atitude que incentiva a permanência feminina no mundo corporativo – enquanto o trabalho de criar os filhos ainda é predominantemente da mãe, vale ressaltar, o que é outro ponto sensível à igualdade de gênero.
É importante ressaltar que com a inclusão feminina busca o equilíbrio entre os gêneros, e não uma inversão do quadro atual. “Hoje, uma empresa considerada com liderança equilibrada é aquela que possui no mínimo 40% de mulheres ocupando cargos que se reportam diretamente ao CEO”, destacou Maria Tereza Gomes.
Toda forma de representatividade e inclusão é válida, e não faz mais sentido ignorá-las – tanto do ponto de vista ético como dos negócios. A questão da diversidade e inclusão é um caminho sem volta para as organizações. Diante de tantas ideias e histórias de vida enriquecedoras, não há motivo para não abraçar a diversidade.
A série Arenas de Comunicação faz parte do projeto Aberje 50 Anos, que tem patrocínio master da Petrobras, patrocínios da Bayer, Itaú e McDonald’s, parceria estratégica da Votorantim Cimentos, e apoio da GM, Latam e Rhodia.
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