Aberje Trends 2022: Como marcas podem se posicionar politicamente e tendências do ativismo
Instituto Rede Mulher Empreendedora, Pfizer, Via e Natura &Co participaram de mesa redonda
Num momento de crise econômica, polarização e ano eleitoral, como as marcas precisam se precaver para se posicionar (ou não) perante públicos cada vez mais politizados e polarizados? O painel Política nas organizações e as novas tendências do ativismo reuniu comunicadores de segmentos diferentes para debater essa e outras questões no segundo dia do Aberje Trends.
Participaram do painel Ana Fontes, fundadora da RME- Rede Mulher Empreendedora e do Instituto RME; Cristiane Santos Blanch, diretora de Comunicação e Assuntos Corporativos da Pfizer; Hélio Muniz, Chief Communications Officer/ ESG da Via e diretor-presidente da Fundação Casas Bahia e Michel Blanco, head de Reputação e Comunicação Corporativa da Natura &Co América Latina. A mediação ficou a cargo de Fernanda Guimarães, repórter especial do jornal O Estado de S. Paulo.
Na ocasião, Hélio Muniz, da Via, frisou que as empresas devem seguir seus próprios valores para lidar com esse momento de polarização. “A perenidade da empresa depende do crescimento da sociedade, de uma sociedade melhor”, disse. “Vivemos num momento de transparência compulsiva e o ano eleitoral só intensifica essas coisas. Nessa época de hiperconexão é preciso que as empresas se conheçam muito bem”.
Quem compartilha desse pensamento é Michel Blanco, da Natura. “É fundamental a gente saber quais são os valores e os princípios que norteiam a atuação da organização. É saber como o seu modelo de negócio impacta a sociedade e não é preciso falar sobre tudo”, acentuou. “A comunicação é um reflexo da organização, do que a organização vive”, salientou o executivo.
“Precisamos entender que o papel social não é uma questão apartada do negócio. Se a gente não falar sobre política, ESG e diversidade, as coisas não vão acontecer”, complementou Ana Fontes, da Rede Mulher Empreendedora. “Todos os negócios são sociais e as causas devem estar acima das marcas; elas têm essa responsabilidade mas o governo deve trabalhar junto para criar políticas que possam mudar o jogo”, disse.
Cristiane Santos, da Pfizer, disse que a saúde impacta o ambiente econômico e contou como foi a experiência da Pfizer nos últimos dois anos, enquanto a companhia estava focada no desenvolvimento de uma vacina. “O convencimento da população e a educação sobre vacina é um trabalho constante e sabemos que a reação negativa virá. Mas estamos baseados na ciência e nos nossos valores, então há muita segurança nas nossas ações e mensagens”.
A edição deste ano conta com o patrocínio de Bayer; Grupo Energisa; Engie; Gerdau; Itaú; LATAM Airlines; LexisNexis e P3K Comunicação; apoio da Associação Portuguesa de Comunicação de Empresa (APCE); Apsen Farmacêutica; Sabesp e TRY, com media partner do Estadão.
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