08 de julho de 2022

Aberje Trends 2022: Atração de talentos e flexibilização no trabalho de comunicação

Cultura e propósito são elementos essenciais para a retenção de talentos nessa nova economia, segundo executivo do iFood, Gustavo Ramos

Cultura e propósito são elementos essenciais para a retenção de talentos nessa nova economia, segundo executivo do iFood, Gustavo Ramos

Apresentação de Gustavo Ramos, do iFood

Uma das conferências do primeiro dia de Aberje Trends trouxe o tema Atração e formação de comunicadores: talentos vão exigir flexibilização? Na oportunidade, o diretor de Employer Branding e Experience no iFood, Gustavo Ramos, falou sobre talentos na nova economia: uma visão sobre cultura e propósito. 

“A melhor hipótese para a gente lidar com questões de atração e retenção de talentos tem muito a ver com soft skills relacionados à cultura e propósito”, definiu. “Penso ser super importante a gente falar dessas relações; são vários ‘matchs’ em todas as relações, rituais, comunicações que a gente constrói”, comentou.

“Não é novidade para ninguém que o mundo está mudando”, prosseguiu o executivo. “Nesse contexto, como a nova economia acelera tudo, precisamos estar atentos à nossa conexão com a empresa, com seus valores e propósitos e como fazemos isso acontecer no dia a dia das nossas ações, narrativas, eventos e histórias contadas”, analisou. 

“Muito mais do que um mindset novo, o que significa essa nova economia? O que é mais valorizado? Questões geracionais? Tecnológicas? Digital? A grande essência do que temos descoberto é a conexão muito profunda de propósito com o alinhamento de valor. Parece óbvio, mas cada vez mais está muito claro que a simplicidade aparente dessa sentença é muito profunda”, explicou Ramos.

O especialista frisou o fato de todos termos novos rituais. “Se fala muito da incerteza, da ambiguidade, da flexibilidade, da velocidade das transformações, tudo é muito clichê, mas como isso se dá no dia a dia? Como a gente deve lidar com todos esses movimentos?”, indagou. “Mesmo num cenário de imprevisibilidade, as pessoas precisam de um mínimo de segurança. É fundamental que esses rituais sejam revisitados e que conexões e formas de trabalho sejam revistas e atualizadas para amenizar essa velocidade toda”, completou.

Segundo o executivo, hoje as empresas devem, cada vez mais, estar atentas às demandas vindas dos próprios colaboradores, “Às vezes temos que olhar para dentro e desconstruir os propósitos já existentes para que as novas soluções sejam trazidas”. 

Mais do que novos modelos de trabalho – híbridos, remotos, presencial, metaverso – são as experiências construídas. “A grande questão são as conexões que acontecem no micro do seu cérebro e do seu coração com a empresa, com as mensagens transmitidas e com os rituais que acontecem”, analisou Ramos. “É preciso não perder a essência, seguir atraindo e retendo talentos. A partir do momento em que existe uma transformação cultural interna, colaboradores passam a se identificar mais com a empresa”, disse. 

“O desafio da Comunicação nesse atrair, reter e desenvolver talentos tem muito a ver com um olhar humanizado, um olhar de conexões emocionais, racionais cotidianas e perenes de cultura e propósito. Os talentos, nesse contexto de nova economia, nesse contexto geracional e do que é valorizado, precisam estar em determinada empresa pelos motivos certos e elas só vão seguir suas carreiras se estiverem lá pelo motivo certo”, salientou. “Nós, enquanto comunicadores, além das narrativas, precisamos deixar bem claro quais são esses motivos certos; eu não vejo nada diferente do que propósito e cultura para responder essas questões”, concluiu.

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