Profissionais de comunicação corporativa contam suas trajetórias como repórter
Aberje saúda os profissionais de comunicação no Dia Nacional do Repórter
No dia 16 de fevereiro é comemorado o Dia Nacional do Repórter. A data homenageia os profissionais responsáveis por apurar os fatos e divulgar informações de interesse público. Testemunha ocular dos acontecimento, o repórter busca informação, colhe dados, verifica e entrevista fontes. No universo da Comunicação Corporativa, há muitos profissionais que iniciaram suas carreiras como repórteres. O Portal Aberje conversou com dois profissionais renomados no mercado, que contaram um pouco de sua trajetória nas redações:
Nelson Silveira, diretor de Comunicação e Marca da General Motors, começou sua carreira como repórter na Folha de São Paulo e no Jornal do Brasil e traz muitas boas lembranças daquela época. “Ao ser contratado como jornalista na Folha, tive de fazer por duas semanas um treinamento que viria a se tornar o Curso Folha de Jornalismo. Só no último dia de curso soubemos que seríamos alocados no SP Sudeste, o primeiro dos cadernos regionais da Folha, que seria lançado em Campinas. Como conhecia muito de artes, cinema e teatro, acabei virando crítico, com um estilo muito singular de escrita, e escrevi bastante para a Ilustrada, durante três anos”, conta.
Nos seus quatro últimos anos como jornalista, Silveira foi repórter especial de economia no JB, baseado na Sucursal de SP, e participou de grandes coberturas durante o segundo governo FHC. Como repórter especial de economia do JB, cobriu todo o mandato de José Carlos Pinheiro Neto, da GM, como presidente da Anfavea. “Ele se tornou uma de minhas fontes e acabou me convidando para trabalhar na General Motors. A transição foi muito tranquila, pois tinha profundo conhecimento sobre a indústria automotiva. Comecei em março de 2001 como gerente de Comunicação Corporativa. Em 2005 fui selecionado para uma experiência internacional e me mudei para Portugal, onde exerci o cargo de Diretor de Comunicação e Relações Públicas, depois assumi a liderança da Comunicação Corporativa da GM Europa em janeiro de 2007”, conta.
“Mudei-me para Zurich na Suíça e lá liderei times de 45 países da Europa Ocidental e Oriental, incluindo as antigas repúblicas soviéticas. Voltei ao Brasil em julho de 2009, assumindo a gerência de Comunicação Corporativa e Produto da GM. Em abril de 2015 fui promovido a Diretor de Comunicação, minha posição atual”, completa o executivo.
Hoje consultora líder e sócia-diretora da Verity Consultoria, Rosângela Florczak também começou sua carreira como repórter. Trabalhou em jornal impresso, televisão e rádio por 10 anos, antes de ir para o ambiente corporativo. Começou em um jornal no interior do Rio Grande do Sul, chamado A Razão (Santa Maria-RS). Também passou pela Rádio Atlântida (Grupo RBS) e pelo Jornal de Santa Catarina (Blumenau-SC). “Eu era uma repórter apaixonada pelo ofício. Comecei como repórter de geral e fui designada para a cobertura policial. Um dos períodos mais intensos desta fase. Investigar, enfrentar pautas perigosas e produzir reportagens inéditas me engajava muito. Depois dessa fase, tive uma breve passagem como repórter de agronegócios e, posteriormente, fui repórter de política. Em cada um desses momentos encontrava formas de me realizar com as práticas do jornalismo diário”.
Com o tempo, Rosângela passou a ser editora de geral. Uma rotina intensa e exaustiva. “Na época, pela rotina da redação, isso significava trabalhar até tarde da noite todos os dias. Diante da exaustão, aceitei um convite para atuar como assessora de imprensa de um hospital. Um trabalho aceito com uma certa desconfiança que se transformou em uma grande paixão. Percebi rapidamente que a transformação social que eu desejava fazer por meio das notícias e reportagens, era possível no ambiente corporativo”, contou.
“Com o trabalho de comunicação, que fui descobrindo aos poucos na sua forma plena e integrada, era possível construir uma vida melhor para os públicos da organização, ou seja, para as pessoas que habitavam aquele ecossistema. Os resultados eram visíveis. Isso me animou demais. Daí em diante desenvolvi minha vida profissional na comunicação corporativa. Cheguei a gestora de grandes organizações, me tornei consultora na área, abri meu próprio negócios e, paralelamente, desenvolvi minha vida acadêmica. Fiz mestrado, doutorado estudando a comunicação nas organizações e passei a dar aula. Hoje dirijo uma das maiores escolas de comunicação do Brasil, que é a Escola de Comunicação, Artes e Design da PUCRS”, afirma.
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