Discutir questões de gêneros é falar sobre liberdade de escolha
O Laboratório de Narrativas de Gêneros da Aberje teve sua primeira reunião hoje, 15 de abril, dando início à iniciativa que discutirá os mais diversos assuntos voltados para a questão de gêneros. A programação contou com a presença da Leda Machado, sócia da LMachado Desenvolvimento Organizacional e Profissional e Nara Almeida, Gerente de Planejamento Estratégico e Relações Institucionais da Aberje, fundadoras e coordenadoras do Laboratório. A abertura foi feita pelo Paulo Nassar, Diretor Presidente da Aberje e Professor Livre-Docente da ECA-USP, que contextualizou a criação do projeto na história da Aberje, uma das protagonistas na discussão sobre o assunto na área da comunicação corporativa.
Para participar do bate-papo, participaram também Lilian Pacce, editora-chefe do GNT Fashion e publisher do site Lilian Pacce, Carla Alzamora, Diretora de Planejamento da Heads Propaganda e Jean Soldatelli, sócio-diretor da agência de engajamento Santo Caos.
A discussão da conversa girou em torno das questões de gêneros. No plural, já que o assunto, muitas vezes confundido como uma questão apenas da mulher, precisa ir além da classificação binária “masculino x feminino”. “Falar de gêneros é falar de fluidez. É liberdade de escolha, não definir pelo outro”, afirmou Leda Machado. Isso é deixar o protagonismo para os envolvidos, deixá-los construir as próprias narrativas. Colocar todo mundo em “caixinhas”, afirma Leda, não é mais necessário.
Foram apresentados também alguns dados sobre a pesquisa feita pela Santo Caos, “Demitindo Preconceitos”, que mostram que empresas com políticas de diversidade de gênero tem 15% mais de probabilidade de superar suas metas. Nesse sentido, Carla Alzamora cita alguns casos em que as campanhas publicitárias, investindo em narrativas mais “ousadas”, fugindo dos estereótipos, tiveram um grande retorno, como o caso de O Boticário e a Closeup. Lilian Pacce, por sua vez, discutiu o assunto do vestuário e como isso se aplica nas questões de gêneros. Para ela, a roupa é um grande instrumento de comunicação, sendo a moda um campo transgressor em sua essência.
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