Aberje anuncia parceria com Pacto Global em workshop para Comunicadores para COP30; confira outras novidades da agenda da associação para 2024
A Associação Brasileira de Comunicação Empresarial – Aberje apresentou, no dia 20 de fevereiro em evento na sede da associação, sua programação para este ano e anunciou novidades para o mercado e novos benefícios para sua rede e empresas associadas. Na oportunidade, especialistas renomados puderam discutir também sobre as principais tendências e o panorama econômico que afetam a comunicação.
Ao abrir o evento, o diretor-executivo da Aberje, Hamilton dos Santos, compartilhou a agenda da associação, que este ano vai trabalhar suas atividades a partir do tema Comunicação para a Transição. “Não importa o setor de atividade, clima e meio ambiente são fatores que devem ser levados em conta no planejamento de comunicação. O mesmo vale para demografia, energia, transporte, tecnologia e geopolítica. Em todas essas dimensões, o que parecia sólido está em transição. A comunicação corporativa que não souber compreender esse fluxo será um risco não apenas de reputação, mas para os próprios negócios e seus clientes. A comunicação adaptada à transição construirá pontes estáveis, porém flexíveis, para levar de uma margem à outra”, disse.
Hamilton destacou os principais projetos da agenda da Aberje em 2024. Este ano, a associação formatou quatro comitês temáticos: Comunicação e Engajamento em ESG; Cultura de Dados e Mensuração de Resultados na Comunicação; Comunicação Interna, Cultura Organizacional e Marca Empregadora; e Gestão da Comunicação e Reputação Corporativa, que irão iniciar suas atividades com os comunicadores em março.
A Escola Aberje de Comunicação, um dos principais focos da associação, realizará várias atividades ao longo do ano como a segunda edição da Expedição Amazônia: Conhecer para Comunicar, uma parceria com a Academia Amazônia Ensina, que levará para a região amazônica uma comitiva de comunicadores atuantes nas áreas de comunicação corporativa e sustentabilidade. A jornada acontecerá de 27 de julho a 4 de agosto. Outra novidade da Escola Aberje é o Mestrado Profissional em Comunicação Digital e Cultura de Dados, um projeto especial da associação com a Fundação Getúlio Vargas – FGV e Fundação Itaú, direcionado para profissionais de institutos e fundações. Em maio, a escola inicia a segunda turma do MBA Gestão da Comunicação, realizado em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Visando preparar os comunicadores e suas empresas para a COP 30, que será realizada em Belém do Pará em 2025, a Aberje, em parceria com a frente de Ação para Comunicar e Engajar (PACE) do Pacto Global da ONU, lançará em junho o Programa Preparatório de Comunicadores para a COP30. O programa deverá entrar na grade das duas entidades em breve.
A 8ª edição do Aberje Trends, considerado como principal evento sobre tendências em comunicação corporativa, será realizada no dia 25 de junho, no Instituto Tomie Ohtake em São Paulo, reunindo profissionais e especialistas para discutir temas relevantes como fake news, inteligência artificial, panoramas setoriais, comunicação e planejamento nos negócios, entre outros. Em setembro, a quinta edição do Fórum de Comunicação Corporativa Aberje/Valor Econômico, que, pela primeira vez, será realizada de forma presencial.
Neste ano, o já consagrado Prêmio Aberje, que destaca e premia empresas e comunicadores por seus cases e projetos inovadores, chega à sua 50ª edição. A festa, programada para dezembro, está sendo preparada para trazer novidades e celebrar essa marca especial da maior premiação da comunicação corporativa no Brasil.
Em publicações, a Editora Aberje dá sequência à confecção de livros setoriais, focados na comunicação específica de importantes setores da economia, inaugurado com o Guia de Comunicação para o Agronegócio, de Nicholas Vital. A editora lançará, ao longo do ano, o Guia de Comunicação para o Mercado Financeiro e o Guia de Comunicação para a Governança Corporativa, além do livro Reconhecimento que Gera Valor – Prêmio Aberje 2023.
Também estão previstos importantes pesquisas e estudos para o ano, como a 3a edição consecutiva do Orçamento do Mercado de Comunicação 2024, a pesquisa de Tendências da Comunicação, o estudo sobre Salários e Benefícios do setor; além de pesquisas específicas sobre a Comunicação nos Setores: Financeiro, Energia, Farmacêutico e Esportes.
A fim de aprofundar cada vez mais os vínculos com profissionais e empresas, o Núcleo de Pesquisas da Aberje organiza o lançamento de pesquisas sobre novos benefícios para as empresas associadas e para a rede. O primeiro deles é a Central Aberje de Contingência, um serviço que prestará apoio e acolhimento aos profissionais de comunicação de organizações associadas em situações de crise. O segundo, é a formatação de serviço de Mentoria e Coaching para profissionais sêniores que estejam em transição de carreira. “Estes novos benefícios são formalizações, em projetos estruturados, de questões que os profissionais nos trazem diariamente. Entendemos o recado e queremos que o associado e a associada saibam que podem encontrar na Aberje, e principalmente em sua rede, as soluções que precisam para influenciarem positivamente nos negócios onde atuam”, comenta o diretor-presidente da Aberje, Paulo Nassar.
Tendências econômicas e sociais para a área de comunicação
Na ocasião, também foi realizado um debate a partir do tema: Quais as principais tendências de investimento das áreas de comunicação para 2024? O professor-doutor do programa de pós-graduação em Economia Política na PUC-SP, Antonio Corrêa de Lacerda, traçou um cenário interessante da realidade atual e das perspectivas econômicas salientando que existem ‘n’ oportunidades tanto para empresas e consultorias quanto para os profissionais de comunicação diante do cenário de crescimento econômico do país. “Profissionais e empresas que souberem se adequar diante desse período de transição, para fazer frente aos grandes desafios. O maior deles é o timing, pois a recuperação é muito rápida e é preciso oferecer soluções sustentáveis a custos competitivos”, frisou.
Para o sociólogo Marco Ruediger, diretor na Escola de Comunicação, Mídia e Informação da Fundação Getulio Vargas (FGV ECMI), a economia se fundamenta numa expectativa básica de confiança, produto essencialmente das relações sociais. “A comunicação é um vetor de transformação de toda dinâmica social e da construção da verdade. Penso que as informações das redes sociais mobilizam reações emocionais, e não racionais, e a verdade é quase impossível de identificar, pois existe uma avalanche brutal de desinformação”.
O jornalista Felipe Seligman, co-fundador e co-CEO no Jota, defendeu o aprofundamento do debate de tantas questões ligadas a esse período de transição. “O desafio da comunicação está só começando, com muitas oportunidades, mas com muitos riscos, a comunicação em rede praticamente destruiu a indústria da comunicação, o papel do profissional de comunicação agora é completamente diferente. Outro desafio é como se manter informado diante de tanta desinformação sobre esses temas; como é possível entender o que é importante para que seja possível se posicionar. Outro desafio é educar a sociedade sobre a importância disso, pois as pessoas estão dentro de suas bolhas e vão criando as suas narrativas”, avaliou.
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