Por mais comunicação na educação
Nas recentes discussões sobre ensino no Brasil e no mundo, muito se fala sobre a inclusão de disciplinas ligadas à programação e à formação científica, para propiciar inovação e atender às novas demandas da sociedade e do mercado de trabalho. Mas quase não se fala de um novo olhar para a comunicação, competência tão importante em qualquer formação e atividade profissional.
Nos currículos escolares nos níveis fundamental e médio, na disciplina de português (denominada de diferentes formas), ainda se contempla a gramática, a literatura e a produção de textos, com foco na aprovação dos alunos em exames de acesso às universidades. Nas grades de ensino superior, há alguns cursos (especialmente os ligados à comunicação, como jornalismo, publicidade) e algumas instituições que incluem disciplinas como oratória, comunicação eficaz ou redação empresarial, mas são iniciativas pontuais e, por vezes, pouco integradas à formação do profissional.
Por que não integrar ao currículo escolar uma formação mais ampla e prática dos diferentes contextos de comunicação, seus impactos individual e coletivamente? Por que não formar médicos, engenheiros, economistas, historiadores comunicadores, com habilidades para lidar com distintos públicos e canais de comunicação, para usar recursos de comunicação para formar sua imagem profissional e para exercer liderança, onde quer que ele atue?
Parece que, por nos comunicarmos rotineiramente, essa habilidade é desconsiderada da formação, como se fosse algo que as pessoas ou nascem sabendo ou adquirem “naturalmente”. Mas ser um comunicador eficaz e eficiente requer técnica, prática e atitude, o que demanda dedicação e treino para desenvolver uma competência complexa e necessária para qualquer atividade profissional.
Com mais comunicação na formação dos alunos de diferentes níveis, os profissionais estariam mais aptos a liderar, gerir pessoas, resolver conflitos e promover engajamento. Por isso, fica essa bandeira: por mais comunicação na educação.
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