Mercado de trabalho: reflexo do tempo atual
Um período econômico de crise, que impacta a geração e manutenção de empregos. A busca cada vez mais latente dos profissionais por um ofício que tenha um propósito. O olhar mais preocupado das pessoas para a qualidade de vida e a divisão coerente do tempo entre trabalho e família. A recente mudança da reforma trabalhista. A preocupação mais que urgente com questões ligadas à sustentabilidade. Some todos esses fatores que são, de fato, uma realidade no nosso país e certamente você chegará a uma conclusão: o mercado de trabalho de hoje é diferente do cenário que tínhamos anos atrás.
Convido você a fazer um exercício e refletir sobre sua rede de contatos profissionais e pessoais. Provavelmente você deve conhecer algum profissional que trabalhava em uma empresa renomada e decidiu mudar de vida apostando em um negócio próprio. Ou alguém que, diante de uma demissão e da dificuldade de conseguir uma nova posição, viu como única saída a carreira autônoma. Há aquele que por não concordar com os valores e a ética de uma empresa, optou em buscar um novo trabalho. E tem também o profissional que segue satisfeito em seu cargo corporativo por possuir boas perspectivas de crescimento.
A forma como o mercado de trabalho se modifica e se molda ao longo do tempo, de certa forma, é reflexo dos nossos valores, dificuldades e anseios. A maneira como organizamos a vida, a carreira, o consumo e até nossa estrutura familiar são sinônimo do tempo atual. Muita gente tem encontrado novas formas de gerar seus rendimentos e tem obtido sucesso com isso. A criatividade, aliás, vem ganhando protagonismo.
E num cenário em que a vida pessoal e profissional estão cada vez mais interligadas, regidas por novas regras, novas formas de contrato e novas formas de remuneração, as empresas precisam se reinventar. Oferecer um bom salário já não é suficiente. Num primeiro momento pode até satisfazer o profissional, mas com o tempo retê-lo se tornará insustentável. Daí a importância de as companhias terem uma proposta de valor clara e consistente. Jornada flexível ou trabalho remoto é outro quesito que deve ser considerado para diminuir o risco da perda de bons profissionais. Há muita gente competente que não suporta mais a desgastante rotina corporativa e que acaba buscando autonomia profissional em prol da qualidade de vida. Sem falar da postura da liderança. Existe uma máxima que diz: “as pessoas não abandonam seus empregos, abandonam seus chefes”. Claro que isso não é uma verdade absoluta, mas pode ser aplicada a muito dos casos de pedido de demissão.
Sim, temos um novo mercado de trabalho. Cabe, então, a cada profissional – e a cada empresa – encontrar a melhor forma de se encaixar nele da maneira que lhe for mais conveniente. Nem sempre é fácil, mas uma vez que tenha encontrado o seu caminho, sua chance de ter um trabalho que o mantenha motivado e feliz será multiplicada.
COMENTÁRIOS:
Destaques
- Em entrevista a CNN, CEO do Pacto Global da ONU no Brasil fala sobre comunicação e sustentabilidade
- EMIS é nova associada da Aberje
- Lab de Comunicação para a Sustentabilidade discute oportunidades e desafios para ações sociais
- Seminário da USP debate opinião, política e democracia na atualidade
- Aberje recebe lançamento do livro “Diálogos com o futuro” da Rede Educare, com patrocínio da Bayer
ARTIGOS E COLUNAS
Paulo Nassar Fala na abertura do Seminário Opinião Pública, Política e DemocraciaRegina Macedo Narrativas femininas: amplitude e diversidade na comunicaçãoPatricia Santana de Oliveira Qual retorno do investimento em PR?Marcos Santos Esporte como Plataforma de MarcaCarlos Parente Na vida e no mundo corporativo, não há texto sem contexto