Alta Liderança e a Comunicação Interna

É bem comum encontrar profissionais de Comunicação Interna que se queixam da falta de reconhecimento da área, da falta de apoio da alta liderança, da falta de equipe e de orçamento.
Esse ano tive a oportunidade de entrevistar mais de 100 líderes, entre presidentes, vice-presidentes, diretores e gerentes gerais. Um privilégio para uma pesquisadora como eu. Profissionais que representam empresas listadas entre as 100 maiores do país, muitos com carreiras internacionais e com experiências em várias organizações.
O que ouvi destoa muito das queixas dos colegas da comunicação. Ao serem questionados sobre quais são os objetivos da comunicação com o público interno, as respostas colocam a área em um patamar de alta importância.
Mobilizar, inspirar, alinhar discurso, engajar, motivar, envolver, reconhecer foram os objetivos mais citados. Não me lembro de um só líder dizendo que o objetivo da área é fazer canais, campanhas e eventos.
Só que então, quando a pergunta foi sobre performance, a situação muda bastante. Ouvi críticas à falta de conexão com o negócio, à falta de entendimento da estratégia, os riscos de operação, à falta de planejamento e mensuração.
Olha só que curioso: para todos falta alguma coisa. E o que sobra? Informação. Excesso de e-mails, de canais, de notícias, de campanhas. Então a próxima pergunta foi sobre o foco. Entre tantos temas, projetos e áreas querendo comunicar, como escolher as prioridades? E as respostas vieram de diversas maneiras, mas consigo resumir da seguinte forma: CULTURA e NEGÓCIO.
Cultura quando se fala do jeito de ser, das crenças, dos valores, da diversidade, das relações entre as pessoas, da carreira, do compliance, do reconhecimento. Negócio quando aborda a estratégia, os desafios, os projetos críticos para o sucesso, os lançamentos, investimentos, o mercado, novos produtos e serviços.
Deixo aqui um depoimento que me marcou e quero compartilhar: “É impossível alcançar nossos objetivos sem comunicar toda nossa equipe. A área tem que ser parceira, entender profundamente do nosso mercado. Daí será possível mobilizar os funcionários para alcançar metas, desde que respeitando nossa cultura”.
Em 2018, lembre-se desses ensinamentos valiosos da liderança. Não é preciso fazer muito. É preciso fazer direito. Ao invés de medir o desempenho por volume, meça por eficácia, ou seja, pelo alcance dos objetivos.
Destaques
- COP30 exige nova cultura comunicacional, defendem executivos da Aberje em artigo no Anuário da Comunicação Corporativa
- Turmas de Jornalismo da UEL recebem diretor de capítulo Aberje Brasília para Roda de Conversa
- Em artigo no Valor Investe, Sonia Consiglio analisa papel da comunicação na COP30 e destaca pesquisa da Aberje
- Oficina Consultoria apresenta relatório com tendências para a comunicação empresarial, com apoio da Aberje
- Aberje lança carta com diretrizes para comunicadores por ocasião da COP30
ARTIGOS E COLUNAS
Paulo Nassar COP30: Comunicação como herança, consciência e potência políticaCarlos Parente A comunicação que transcendePablo Assolini Nem conteúdo demais, nem de menos: qual o ponto de equilíbrio entre visibilidade e relevância?Rizzo Miranda ESG, COP30 e D&I: os antídotos para sua reputação em tempos de incertezasLeila Gasparindo Construir uma Marca Empregadora é missão conjunta de Comunicação, Marketing e RH