06 de agosto de 2016

Erro na grafia de nomes é problema menor?

Falta de checagem em nomes e qualificações de pessoas é um problema constante nos jornais. Com a facilidade de consulta na internet, a pressa em entregar logo os textos não é desculpa aceitável para esse tipo de erro. Em poucos segundos, a informação estaria disponível.

A causa, portanto, pode ser simplesmente preguiça de revisar ou conferir. Ou, então, a sensação de que esse é um problema menor (“dá para entender; por que se preocupar com esses detalhes”, pensaria o redator?). Não considero esse tipo de erro algo desprezível, pois afeta a credibilidade do texto, assim como de quem o escreve (cuja imagem também sai arranhada).

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Na Folha de 06 de agosto, em um só artigo assinado, encontrei dois erros do tipo, que descrevo a seguir e reproduzo em imagens. O primeiro chama mais a atenção por se tratar do presidente norte-americano, cujo nome é mais do que conhecido. Fica muito feio grafar “Barak” em lugar de “Barack”.

O segundo é de um tipo muito comum, que passa quase despercebido, mas não deveria: a acentuação em nomes de origem espanhola. No caso do artigo citado, está sem acento o prenome “Raúl”, do atual líder cubano. A falta de acentos em nomes e sobrenomes que possuem similar em português não acentuados é muito frequente: García Márquez sem um ou os dois acentos é um exemplo clássico, mas há diversos outros (Martínez, Fernández, Rodríguez, González etc.).

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No primeiro parágrafo, falei também do problema na qualificação de pessoas. O exemplo que trago é da mesma edição da Folha, em legenda: Daniel Jobim, neto de Tom, foi identificado como seu filho em legenda.

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Dá para aceitar esses tipos de erros? Ninguém confere? Ou ninguém nos jornais se importa com esse “preciosismo”?

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