23 de julho de 2021

Ex-alunos da Escola Aberje criam coletivo sobre Diversidade

Profissionais de várias áreas se unem para debater e trocar experiências em assuntos sobre Diversidade & Inclusão

Profissionais de várias áreas se unem para debater e trocar experiências em assuntos sobre Diversidade & Inclusão

O Programa Avançado em Diversidade nas Organizações da Escola Aberje de Comunicação, que teve sua primeira turma no ano passado, já vem dando frutos. Recentemente, um grupo de ex-alunos criou o Coletividade, coletivo de profissionais em Diversidade e Inclusão. O objetivo principal é promover a troca de experiências de práticas de D&I, principalmente no ambiente corporativo, visando a conscientização e elucidação sobre temas como raça, identidade de gênero, sexualidade, entre outras. Composto por representantes de grupos minorizados, o grupo debate e produz conteúdos nas mídias sociais por meio da realização de lives feitas pelos participantes do coletivo.

Segundo o professor universitário e consultor em D&I, Beto Reis, a ideia surgiu durante os últimos encontros do curso da Aberje, realizado no primeiro semestre deste ano. “Foi um curso inspirador. A partir do que discutimos durante as aulas, decidimos partir para a ação. Muitas pessoas da Coletividade já trabalham com Diversidade e Inclusão dentro de empresas, algumas já têm uma bagagem como consultores e palestrantes, outras gostariam de se dedicar exclusivamente ao assunto, que é, de fato, fascinante”, diz. “A Coletividade veio para criarmos essa ponte, esse encontro, e podermos atuar em uma área em expansão no país. Queremos chegar às organizações e contribuir em suas jornadas para serem mais diversas e inclusivas. Fizemos um perfil no Linkedin e já estamos tendo ótimos resultados”, completa.

“O coletivo nasceu do desejo de continuarmos estudando e ampliando horizontes.Temos buscado promover a troca de experiências de práticas de D&I, buscando a conscientização e elucidação sobre os mais diversos temas através de conteúdos produzidos por profissionais da Coletividade”, complementa a especialista em Mobilidade Global & Diversidade Sílvia Azevedo Rosa, outra integrante do grupo. “Pessoalmente, participar como voluntária é uma tradução de plenitude por poder estar em rede, estudando e ampliando reflexões que são parte dos meus valores pessoais e de acordo com meu projeto e propósito de vida. Alegria estar nesse coletivo com gente que admiro e que quer construir ‘juntes’ um outro mundo possível”.

As reuniões virtuais são semanais para geração de conteúdo e elaboração de calendário de ações que gerem sensibilização em D&I e visibilidade aos membros, do coletivo, composto por 34 consultores de Diversidade formados na segunda turma do Programa Avançado da Aberje, que querem manter a rede de networking e reflexão. São profissionais de diferentes áreas como Comunicação, Gestão de Pessoas, Finanças, Direito e outras, que estudam sobre: raça, identidade de gênero, sexualidade, pessoas com deficiências, gerações, corporalidade e pluralidade religiosa. Silvia conta que a produção de conteúdo será feita a partir de reflexões, textos, postagens, dicas e lives sempre com linguagem inclusiva e simples para que os conceitos de D&I possam cada vez mais serem vividos na prática da vida e das organizações.

Para a analista de comunicação Rafaele Breves, a Coletividade é um espaço de aprendizado. “Eu era aquela pessoa do curso que, toda aula, fazia um questionamento sobre transição de carreira. Sou da área de Comunicação e sempre me perguntava: Qual seria a melhor forma de migrar para Diversidade e Inclusão? Como usar minha militância, de muito anos, dentro das organizações? Esse coletivo e meus colegas têm ajudado nessas respostas e nas minhas descobertas. Que seja uma trajetória linda!”, almeja.

A relações-públicas Pauline Suarez conta que estuda o tema Diversidade e Inclusão desde 2018 e que a empresa na qual trabalha já é a segunda na qual tem a oportunidade de implementar um Programa de D&I. “Entrei no Coletivo para aprender com esse time tão diverso, com diferentes experiências e lugares de fala. Sou mulher e aliada dos grupos minorizados, meu propósito é provocar nos ambientes corporativos reflexões para promover espaços cada vez mais plurais, inclusivos, em que todas as pessoas se sintam confortáveis para serem quem são”, argumenta.

Outro participante é Pedro Sampaio, um homem trans que trabalha há três anos em uma empresa de consultoria de D&I. “Estou terminando minha graduação em Ciências Contábeis, mas desde de que comecei a trabalhar na empresa em que atuo, nunca mais quis trabalhar com qualquer outra coisa. São oito horas por dia, cinco dias na semana trabalhando em prol da D&I, gerando impacto social no mercado de trabalho/organizações e mesmo assim, cada vez mais, sinto a necessidade de fazer ainda mais diferença”, comenta Sampaio. “A Coletividade foi a forma como encontramos de nos unir e levar conhecimentos e aprendizados que adquirimos com o Programa Avançado de Diversidade nas Organizações e nas nossas vivências para todes. Com isso nos fortalecemos ainda mais como profissionais da área, proporcionando trocas e aprendizados diários entre nós”, complementa.

A jornalista Giovanna Miranda, que trabalha como redatora de conteúdo para uma empresa de DOOH. conta que por ter uma deficiência sempre se interessou por temas como acessibilidade, diversidade e inclusão. “Eu amei a ideia de fazer parte de um coletivo que tem tanta gente com experiências distintas e o mesmo desejo em comum de mudança e troca de informações. A Coletividade tem a intenção de germinar conhecimento a partir da conexão de suas sementinhas diferentes e singulares”, salienta.

 

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