Engajamento dos CEOs nas redes sociais é tema de debate da Capital Aberto, com participação de presidente da Aberje
Convidado para o Conexão Capital, Paulo Nassar enfatiza a importância da prática de rituais de consumo, produção e circulação de informações no ambiente digital por parte de líderes empresariais
O diretor-presidente da Aberje e professor titular da ECA/USP Paulo Nassar participou hoje, dia 7 de abril, do debate “Como os CEOs podem aumentar a presença e o engajamento nas redes sociais” promovido pela Editora Capital Aberto, através do Conexão Capital, espaço de encontros online e ao vivo que fomentam pensamentos críticos e questionam práticas sedimentadas. Participaram também da discussão Craig Mullaney, sócio da Brunswick em Washington D.C. e João Paulo Pacifico, CEO ativista do Grupo Gaia.
O tema trouxe ao debate os prós e contras do uso das ferramentas digitais e aplicativos no ambiente corporativo, principalmente pelos líderes. Na ocasião, Nassar falou sobre os rituais de consumo, de produção e de circulação de informação. “Essas três formas de relacionamento com a informação vão estar centralizadas no que chamamos de smartphone; em escala, são milhões e milhões de acessos e pessoas envolvidas nesse processo. Isso impacta na forma como os protagonistas empresariais vão operar a partir dessas ideias”.
O professor frisou a importância de se entender que a ritualização dentro do território digital tem várias implicações, como por exemplo, o ambiente institucional que vai condicionar o protagonismo dos CEOs nesse espaço. “Quando eu falo que precisamos ‘olhar’ o ambiente institucional, do ponto de vista da comunicação, quero dizer que esses líderes vão atuar dentro de arquiteturas de informação já planejadas a partir de cientistas de narrativas e cientistas de dados”, refletiu.
Ao analisar a forma descentralizada como as organizações vêm se comunicando com seus stakeholders, diferente da comunicação corporativa de dez anos atrás, por exemplo, Nassar enfatizou que dentro da dinâmica instantânea das redes sociais, as áreas comunicacionais trazem um elemento que é uma certa lentidão, algo bom para esse processo. “O ritual traz alguma defesa em um ambiente em que não é possível controlar do ponto de vista da organização, pois existe a indústria de relações não-públicas, que contrapõe as informações das grandes organizações: são as fake news, a desinformação, uma indústria que fatura em torno de US$ 78 bilhões por ano. Ou seja, algum tipo de ritualização protege os CEOs e as organizações desse tipo de ambiente”, explicou.
Assista a live na íntegra:
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