Quando zero mais zero mais zero somam positivo para uma cidade sustentável
Publicado originalmente no LinkedIn em 02 de dezembro de 2021
Em 2021, celebramos 20 anos do Estatuto da Cidade, que regulamenta o capítulo “Política urbana” da atual Constituição brasileira. Com princípios básicos que evocam o planejamento participativo e a função social da propriedade, ele propôs uma nova ordem urbanística e contribuiu para a discussão sobre como se dá a distribuição dos ônus e benefícios, definindo como e quem paga pelo crescimento urbano.
Para celebrar a efeméride, a Professora Lilian Regina Gabriel Moreira Pires, presidente da Comissão de Direito Urbanístico da OAB-SP, reuniu um time de notáveis para apresentar reflexões e proposições para cidades humanas e sustentáveis. A coletânea de artigos, da qual tenho a honra de participar, em trabalho colaborativo com os professores Ana Claudia Pompeu Torezan Andreucci e Paulo Nassar, acaba de ser publicada pela Editora Almedina.
A obra traz contribuições valiosas sobre temas como o direito à cidade, desafio dos planos diretores, escalas rurais, urbanas e metropolitanas, discussões de gênero e raça, participação popular, mobilidade e tecnologia. Trata-se de um libelo sobre a urgência de encararmos a oportunidade de promover o desenvolvimento urbano sustentável e enfrentar desafios estruturais, com o objetivo de alcançar cidades mais justas e humanizadas.
No capítulo 12, Ana, Paulo e eu refletimos de forma colaborativa sobre o tema “Quando zero mais zero mais zero somam positivo para uma cidade sustentável: Uma análise das contribuições de novas narrativas e responsabilidade social da empresa no Estatuto da Cidade”.
No texto, avançamos sobre a representação histórica da cidade, que transita entre utopia e distopia. De cidade como espaço de mobilidade do ser humano no devir lúdico do “flaneur” eternizado por Baudelaire, passando pelo espaço da troca, do diálogo, do poder, da segurança, da inovação, do desenvolvimento, e culminando na perspectiva política, econômica, social e jurídica das novas narrativas que ordenam e ressignificam as relações entre humanos e máquinas.
A generosidade da Lilian e do Paulo foi enorme ao propor ancorar essa discussão no “case” da General Motors, que mostra o papel da empresa no desenvolvimento de uma ética empresarial que visa a bem estar em sociedade.
A indústria automotiva vive hoje a maior transformação de sua história. Entendendo os novos desafios da mobilidade na direção de enfrentar os dilemas econômicos provocados pelos congestionamentos, dilemas ambientais, com o aumento da emissão de gases, e sociais, com os acidentes, a General Motors começou na última década a construir uma posição de liderança no desenvolvimento de novas tecnologias que vão nos levar a um futuro com zero acidente, zero emissão e zero congestionamento.
Em um mundo onde causa e propósito se tornaram elementos fundamentais de sustentação dos negócios e marcas, a centenária companhia teve a ousadia de quebrar paradigmas, assumindo o compromisso de acelerar essa transformação da indústria rumo a um futuro sustentável.
No artigo, relatamos a ambiciosa trajetória da GM rumo a um futuro onde poderemos continuar aproveitando os benefícios da utilização do automóvel – liberdade, conveniência e conforto – ao mesmo tempo minimizando riscos, tais quais acidentes, emissões e congestionamentos.
Refletimos sobre como a GM trabalha em ritmo acelerado no desenvolvimento das tecnologias que irão tornar esse futuro possível, combinando conhecimentos globais com expertise local à medida em que a empresa avança no processo de se transformar de tradicional fabricante de veículos em provedor de soluções de eletrificação e serviços que entregam um novo olhar sobre as necessidades dos consumidores e novas formas de pensar a mobilidade.
Esse futuro é sustentado em quatro pilares: eletrificação, veículos autônomos, conectividade e compartilhamento. Nos últimos anos a GM tem avançado rapidamente no território dos veículos elétricos e conectados, ao mesmo tempo em que explora e desenvolve plataformas de mobilidade compartilhada e veículos autônomos.
Isso, ao mesmo tempo em que assume o propósito de conectar pessoas em busca de alternativas que garantam um futuro melhor para a sociedade, estimulando políticas públicas que possam melhorar a mobilidade, incentivando plataformas de compartilhamento de veículos e transporte, soluções de micromobilidade, como e-bikes, ciclovias e calçadas mais largas, além de soluções inovadoras de entrega urbana de produtos que aumentem a eficiência logística e melhorem o trânsito.
Estabelecer a solidariedade através da sustentabilidade, da ética ambiental e de propósitos que valorizem o viver coletivo nos parece ser a melhor forma de unir gerações em torno do propósito de buscar uma mobilidade racional que tenha o ser humano como núcleo de todos os esforços. As iniciativas da General Motors exprimem a importância da responsabilidade empresarial para uma cidade inteligente pautada em uma ética sustentável.
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