O público quer os CEOs nas redes sociais
Se a presença de executivos nas redes sociais era uma tendência, a pandemia só fez acelerar esse processo. Sem a possibilidade da presença física em uma grande parcela das empresas, mais do que nunca as lideranças tiveram que encontrar formas de estarem próximas dos seus funcionários e do seu público. Porém, estar presente em reuniões internas por ferramentas como o Zoom, por exemplo, não é o suficiente – os funcionários e investidores querem ver também seus executivos conectados e se posicionando publicamente nas redes sociais.
Segundo o estudo Connected Leadership, realizado pela Brunswick em 13 países, envolvendo 5,2 mil leitores de veículos de finanças e economia e 6,5 mil funcionários de empresas com mais de mil colaboradores, nove em cada dez pessoas preferem trabalhar para líderes que utilizam ferramentas digitais porque acreditam que CEOs conectados são mais acessíveis, transparentes, fáceis de se comunicarem e capazes de manter as equipes conectadas.
Em situações de crise, essa postura se faz crucial – 93% dos leitores e 86% dos funcionários entrevistados nesse estudo, que inclui o Brasil, disseram que é importante que os CEOs respondam a uma crise por meio das mídias sociais. Os brasileiros apresentaram índices ainda mais altos: 98% deles esperam que os CEOs se posicionem nas redes diante de crises. Ou seja, permanecer em silêncio não é uma opção e pode representar um grande risco reputacional para os executivos e suas empresas.
Aos profissionais de comunicação, fica a tarefa de orientar os seus CEOs sobre como deve ser essa atuação nas redes, respeitando as particularidades de cada executivo e também a cultura da própria empresa. Cabe a nós identificarmos qual é a imagem que os executivos passam atualmente por meio das mídias sociais, quais são os canais mais adequados e avaliar o que precisa ser aprimorado. O LinkedIn, por exemplo, tem sido a plataforma preferida para essa comunicação, mas há também várias outras opções disponíveis e eficazes em situações específicas.
Somos ainda responsáveis por avaliar o que terá de permanecer no pós-pandemia de forma coerente e consistente e garantir que a comunicação digital com os públicos prioritários esteja bem consolidada nos protocolos de crise. Definitivamente, os executivos não conseguirão mais se esconder por trás do discurso institucional.
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