PATROCINADORES

  • Sobre
    • Quem Somos
    • Equipe
    • Nossas Associadas
    • Nossa História
    • Tema do Ano
    • International Aberje Award
    • Estatuto
    • Relatórios
  • Conteúdos
    • Notícias
    • Artigos e colunas
    • Blogs
    • Editora Aberje
    • Pesquisas
    • CEAEC Centro de Estudos Aplicados
    • Revista CE
    • Revista Valor Setorial
    • Podcasts
    • Vídeos
  • Eventos
    • Aberje Trends
    • Labs de Comunicação
  • Escola
  • Prêmio
  • Benefícios
    • Comitês Aberje
    • Guia de fornecedores
    • Centro de Memória e Referência
  • Fale Conosco
  • Associe-se
 
olá, faça seu login ou cadastre-se
  • Sobre
    • Quem Somos
    • Nossa história
    • Estatuto
    • Relatórios
    • Equipe
    • Nossas Associadas
  • Associe-se
  • Notícias
  • Opinião
    • Artigos e colunas
    • Blogs
  • Vagas e Carreira
  • Associadas
    • Nossas Associadas
    • Comitês Aberje
    • Guia de fornecedores
    • Benchmarking
    • Centro de Memória e Referência
  • Eventos
    • Aberje Trends
  • Escola Aberje
  • Prêmios
    • Prêmio Aberje
    • Prêmio Universitário Aberje
    • International Aberje Award
  • Labs de Comunicação
  • Conteúdos
    • Editora
    • Revista CE
    • Revista Valor Setorial
    • Pesquisas
    • Materiais de consulta
    • Podcasts
    • Vídeos
  • Aliança Aberje de Combate às Fake News
  • Newsletter BRPR
  • Fale Conosco
  • Relatórios
27 de junho de 2025

O poder da gentileza e o desafio de não se perder de si: reflexões com Denise Fraga

Janaína Leme
 
  • COMPARTILHAR:

No 12º Congresso de Compliance, em meio a painéis técnicos e temas jurídicos, uma palestra destoou — e, justamente por isso, marcou. A atriz Denise Fraga subiu ao palco não para trazer respostas, mas para distribuir inquietudes. Em uma fala sensível e provocadora, ela tocou em algo que muitas vezes esquecemos em ambientes corporativos: a alma humana. 

Denise começou questionando a lógica de sucesso que a sociedade nos impõe. “Sempre fui inquieta com essa ideia de que sucesso é sinônimo de felicidade”, afirmou. Para ela, vivemos em uma sociedade em que o dinheiro dita as regras e somos constantemente levados a fazer concessões. “Tenho muito medo de precisar perguntar: cadê eu?”, confessou, revelando o esforço contínuo de manter-se fiel a si mesma. 

Ela contou sobre a “Denisinha” que carrega no ombro, uma imagem simbólica de sua criança interior, que a lembra de não se perder. Nem mesmo o ofício artístico — que, à primeira vista, parece libertador — está isento dessa armadilha. “Mesmo sendo atriz, você pode se distanciar de quem é.” 

Falando com bom humor sobre ser palmeirense e ter ficado sete anos longe do teatro por causa dos filhos, Denise compartilhou como a peça A Alma Boa de Setsuan, de Brecht, foi um divisor de águas em sua vida. “Aquela história dizia o que eu precisava dizer”, explicou. Nela, a personagem principal precisa se vestir de homem para conseguir prosperar, uma metáfora potente sobre o preço que pagamos para sermos gentis em um mundo hostil. “Não usamos a dureza para proteger nossa gentileza — usamos a dureza como primeira resposta, com medo de sermos abusados.” 

A atriz também refletiu sobre o impacto da tecnologia em nossas vidas: “Me sinto um aparelho 110 ligado no 220, sem poder queimar.” Para ela, a aceleração constante e a falsa ideia de multitarefa estão adoecendo as pessoas. “Estamos vivendo uma torre de Babel. Ninguém escuta de verdade. E depois a gente faz curso de mindfulness, ou seja, deu ruim.” 

Entre risos e silêncios, ela tocou em pontos profundos: a importância da escuta, da empatia, da gentileza, e da arte como ferramenta de reconexão com o humano. “Mais vale um exemplo do que mil argumentos”, disse. “Tem muita opinião para pouco fato. E estamos acelerando até os áudios, como se desse para acelerar pessoas.” 

Em um mundo que parece cada vez mais pragmático e polarizado, Denise nos convida a recuperar o fascínio pela existência — algo que, segundo ela, só a arte consegue fazer. “A poesia dá palavras para a angústia”, concluiu. E nos deixou com uma imagem poderosa: os três tipos de pessoas diante de um elevador — a que segura a porta, a que finge não ver, e a que fecha na cara do outro mesmo tendo visto. “O tipo 3 está aumentando”, alertou. “E se a gente não fizer o esforço de resistir, vai se acostumar com coisas inaceitáveis.” 

Sua palestra foi, acima de tudo, um chamado à ponderação, à escuta ativa e à resistência à desumanização. Em um congresso sobre regras e ética, Denise Fraga lembrou que o maior desafio talvez seja seguir as regras do coração. 

A Sing Comunicação esteve presente no 12º Congresso de Compliance a convite da Aberje e agradece imensamente pela oportunidade. 

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Janaína Leme

Janaína Leme é jornalista, formada pela FIAM, com pós-graduação sendo concluída em Psicanálise pelo Centro Universitário Ítalo Brasileiro. Na Sing Comunicação há mais de 15 anos, foi atendimento de contas, gestora e hoje é sócia e atua como Head of PR, administrando uma equipe de mais de 20 pessoas, com mais de 18 clientes. Em casa, cuida de dois peludos: o Stark e o Jack. Gosta de livros e filmes e tem o perfil @eujaestiveem para compartilhar suas experiências.

  • COMPARTILHAR:

Destaques

  • A história por trás de invenções que nasceram em tempos de incerteza
  • Comunicação corporativa como caminho para jornalistas é tema de nova edição Jornada Galápagos realizado na Aberje
  • Estudo da Aberje analisa papel da Comunicação com Empregados diante de desastres climáticos
  • Aula-show de José Miguel Wisnik encerra Aberje Trends com reflexão sobre musicalidade e sensibilidade na comunicação
  • Na era da “verdade delivery”, empresas também enfrentam abismos comunicacionais

ARTIGOS E COLUNAS

  • Luis AlcubierreComunicação na hora errada
  • Paulo NassarNova Desordem Mundial: Comunicar em Tempos de Tensão
  • Janaína LemeO poder da gentileza e o desafio de não se perder de si: reflexões com Denise Fraga
  • Malu WeberQuem venceu o torneio de Roland Garros?
  • Leonardo MüllerESG: auge e queda de uma sigla

BLOGS

A Aberje é uma organização profissional e científica sem fins lucrativos e apartidária. Tem como principal objetivo fortalecer o papel da comunicação nas empresas e instituições, oferecer formação e desenvolvimento de carreira aos profissionais da área, além de produzir e disseminar conhecimentos em comunicação.

ENDEREÇO
Rua Amália De Noronha, 151 6º Andar
São Paulo/SP

CONTATO
Tel : (11) 5627-9090
aberje@aberje.com.br

 
Usamos cookies para garantir que oferecemos a melhor experiência em nosso site. Ao continuar navegando, você concorda com estas condições.ConcordoPolitica de Privacidade