“Markets are conversations” – 5 reflexões que levamos do ABERJE Trends

A 7a edição do Aberje Trends gerou debates e reflexões relevantes para o mercado de Comunicação e evidenciou a importância dos diálogos e das conexões – e o papel do Comunicador neste cenário. Mais do que conhecer as ferramentas, o Comunicador atual deve saber gerir comunidades. É sobre pessoas. Relações. Saber costurar esses elos e observar os sinais. É isso: não basta se comunicar, é importante observar a cena e conectar seus atores; afinal, hoje, somos todos influencers – inclusive as empresas e suas marcas. “Gerir um negócio hoje é gerir redes. Toda empresa é meio influencer”, afirma Ronaldo Lemos, e é natural que as pessoas que dão forma às organizações sejam geradores de conteúdo relevantes. Por isso, a escuta ativa se faz tão necessária e torna-se o diferencial de cases de sucesso corporativos.
O jornal The New York Times escreveu um artigo intitulado “Who Would Want to be a CEO?” (quem quer ser um CEO, em tradução livre) que quebra o paradigma do ideal corporativo dos Baby Boomers: entrar ainda jovem em uma grande empresa e “fazer carreira” até tornar-se o mais alto executivo. Hoje, a onda é ser influencer – todos querem ser ricos, famosos e entrar para os trending topics por seus próprios méritos, pelo seu trabalho. Mas, no show business, assim como no futebol, o que importa é “se a bola entra”, como disse o CEO do Vasco da Gama, Luiz André Mello – isso é sinônimo de sucesso. Contudo, há uma longa jornada de treinos, fortalecimento, e renúncias para a preparação antes da grande partida – ganhar e perder faz parte do jogo, mas ao “chegar lá”, vão dizer que foi sorte. Há muito empenho e trabalho por trás da competição, que só se vence, de fato, em grupo – graças ao esforço e dedicação dos técnicos, jogadores, da correta arbitragem e do impulso e motivação trazidos por toda a torcida – a comunidade que rodeia esse time. No final, todos são agentes de comunicação e produtores de conteúdo.
E nem sempre há apenas um caminho a seguir, aquele do arco-íris. O comunicador, assim como o técnico e o CEO, por mais experiente que seja, nem sempre vai ter todas as respostas. E, assim como diz a música dos Titãs, citada pelo Ronaldo Lemos, “Eu não tenho certeza / Mas eu acho” o importante é focar naquilo que é certo, como reforçou Ana Carla Lopes, no painel sobre D&I.
Mais uma vez, todos somos comunicadores e geradores de conteúdo. Por isso é cada vez mais evidente a integração entre as formas de se comunicar dentro e fora das empresas, não há mais uma separação concreta entre comunicação interna (para os colaboradores) e externa (para os demais stakeholders). É tudo comunicação corporativa, que demanda confiança e diálogo extremo.
Aí vão nossas reflexões:
- “Na era do valor compartilhado, são os influenciadores que ditam as normas com base na verdade, transparência e confiança”. Credibilidade é a palavra-chave, não é mesmo Elisa Prado?
- Sem falar que “colocar as pessoas no centro com verdade e confiança é o que traz engajamento, mais do que qualquer canal de comunicação”
- “Mesmo no ápice do tema das métricas e indicadores de comunicação, Cientistas de dados têm que estar acompanhados dos cientistas de narrativas” – Paulo Nassar
- “No tema de Diversidade, Equidade e Inclusão, comunicadores são responsáveis por manter os líderes ‘incomodados’; além de criarem a profundidade da informação, têm a missão de ir além do belo e garantir o fundamentado”, segundo Rachel Maia
- Ao mapear influenciadores para sua marca, há de haver coerência de valores, entender os riscos para a imagem e reputação, mas sem deixar de lado o potencial criativo e de execução – Isabel Masagão
Destaques
- Com patrocínio da Petrobras, aula inaugural de curso sobre patrocínios culturais destaca governança e impacto social
- Relatório de Atividades 2024 da Aberje destaca conquistas e ações realizadas no ano
- Mulheres na comunicação corporativa: desafios e avanços na busca por equidade
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ARTIGOS E COLUNAS
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