12 de novembro de 2020

ESG porque é a coisa certa

As preocupações sociais, ambientais e de governança corporativa estão há muito tempo na agenda de uma boa parte das empresas, mas nunca estiveram tão em alta. Por quê? Porque o mercado mudou e a sociedade em geral tem cobrado uma postura mais proativa das organizações nesse sentido. Desastres ambientais na história recente do país, inúmeros escândalos de corrupção e a vulnerabilidade social na qual encontram-se milhões de brasileiros não deixam dúvida sobre a importância de se incluir os três pilares representados pelas letras ESG (Environmental, Social and Governance) entre os objetivos de todas as instituições, sejam elas públicas ou privadas.

Diversas pesquisas apontam a preferência de funcionários por trabalhar em empresas mais sustentáveis. Cada vez mais consumidores têm preferido adquirir produtos e serviços de marcas que, além da qualidade, também entregam um propósito, mesmo que eventualmente seus preços sejam maiores que os da concorrência. No mercado de investimentos não tem sido diferente. Estão surgindo diversos novos produtos, os chamados “fundos verdes”, que seguem os princípios ESG, os quais têm atraído bastante a atenção de investidores de todos os calibres.

Um marco importante para esse avanço ocorreu em 2015, quando a ONU propôs a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), documento que incorpora medidas transformadoras com metas quantitativas a serem atingidas até o final da próxima década. Jogar luz sobre essas questões ajuda a reforçar a atuação mais firme por parte das organizações para o atingimento dessas metas, com a incorporação desses objetivos em seus planos de negócios e o monitoramento constante por meio de relatórios públicos de desempenho apresentados a acionistas e demais stakeholders.

Foi o que fez a Unisys em seu primeiro relatório global de sustentabilidade, na qual apresentou suas principais ações, resultados conquistados e metas a serem alcançadas. Como bem resumiu o Chairman e CEO da Unisys, a tagline da companhia Securing Your Tomorrow (Protegendo o Seu Amanhã) não refere-se apenas a apoiar o sucesso de nossos clientes, colaboradores, acionistas e parceiros de negócios, mas também a fazer do mundo um lugar melhor, a agir com ética e integridade, a devolver mais para a sociedade, a deixar as coisas por aqui melhores do que quando as encontramos”.

Seguir os preceitos ESG no dia a dia das empresas depende de cada um de nós, pois somos responsáveis pela construção e disseminação dessa cultura entre nossos ecossistemas. Queremos não apenas deixar um mundo melhor para as gerações futuras, mas também cuidar do planeta para que possamos usufruí-lo durante a nossa permanência por aqui. Muitos adotarão as práticas de ESG por influência ou exigência do cliente, do acionista ou do concorrente, ou ainda pelo entendimento de que este é um movimento irreversível da sociedade. E tudo bem. Mas devemos adotar tais práticas, sobretudo, porque é a coisa certa.

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Marcos Santos

Marcos Santos é Diretor de Marketing e Demand-Generation da Unisys para América Latina, responsável pelo planejamento e execução das iniciativas de brand awareness e geração de demanda na região. Antes de ingressar na Unisys em 2012, Marcos desempenhou funções seniores em agências de Relações Públicas, como Sing Comunicação, Fundamento Grupo de Comunicação e Andreoli MSL. Graduado em Jornalismo pela Universidade Metodista de São Paulo, Marcos possui MBA em Gestão da Comunicação Corporativa pela Aberje, curso de extensão (pós-graduação) em Análise de ROI em Programas de Marketing e Comunicação pela USP e completou o Programa MicroMaster em Digital Leadership pela Universidade de Boston.

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