17 de agosto de 2021

Diversidade multigeracional

As Olimpíadas de Tóquio mostraram que idade não é uma barreira quando o assunto é superar desafios para vencer. Da skatista Rayssa Leal, a mais jovem brasileira a conquistar uma medalha olímpica aos 13 anos, até o velejador Robert Scheidt, 48, maior medalhista brasileiro em Olimpíadas de todos os tempos, que completou sua sétima participação nos jogos do Japão. Outros veteranos estrearam e brilharam, como Carol Gattaz no vôlei. Depois de quase desistir da carreira por não ter participado das três edições anteriores da competição que todo atleta de alto rendimento sonha em fazer parte, a jogadora de 40 anos não apenas ajudou a seleção brasileira a levar a medalha de prata, mas também foi uma das protagonistas do time.

Em esportes coletivos como vôlei, basquete e futebol, é comum que grandes equipes sejam montadas mesclando a juventude e o vigor físico de alguns atletas com a maturidade e a liderança de outros, formando um conjunto harmonioso cujo equilíbrio é uma das chaves para o sucesso. Essa tendência também se aplica ao mundo corporativo, onde cada vez mais observamos três ou mais gerações atuando em uma mesma organização: baby boomers, geração X, Millenials e geração Z ou nativos digitais. Quanto mais harmônica e integrada for essa equipe multigeracional, melhor será o desempenho da empresa.

De acordo com dados divulgados pelo IBGE, a população brasileira com 50 anos ou mais superou 54 milhões de pessoas em 2020, o que representa cerca de 25% do total. E até 2050, 30% dos brasileiros terão mais de 60 anos, colocando o país na 6ª posição mundial entre aqueles com a população mais velha. Esse envelhecimento da população economicamente ativa no país traz desafios importantes não apenas do ponto de vista de recrutamento das pessoas, mas principalmente em como promover a inclusão e a integração das múltiplas gerações no ambiente corporativo.

Assim como no esporte, a longevidade no mundo do trabalho é uma realidade inconteste. As empresas são organismos vivos que dependem de um grupo de pessoas com diferentes habilidades e trabalhando em consonância por um objetivo comum. Quanto mais perspectivas e visões de mundo forem contempladas, maiores serão as chances de sucesso de um produto ou serviço. Cada geração agrega seu conhecimento, suas capacidades e experiências, e é dessa diversidade multigeracional que se extrai as mais inovadoras soluções e os melhores resultados para o negócio.

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Marcos Santos

Marcos Santos é Diretor de Marketing e Demand-Generation da Unisys para América Latina, responsável pelo planejamento e execução das iniciativas de brand awareness e geração de demanda na região. Antes de ingressar na Unisys em 2012, Marcos desempenhou funções seniores em agências de Relações Públicas, como Sing Comunicação, Fundamento Grupo de Comunicação e Andreoli MSL. Graduado em Jornalismo pela Universidade Metodista de São Paulo, Marcos possui MBA em Gestão da Comunicação Corporativa pela Aberje, curso de extensão (pós-graduação) em Análise de ROI em Programas de Marketing e Comunicação pela USP e completou o Programa MicroMaster em Digital Leadership pela Universidade de Boston.

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