22 de fevereiro de 2021

As pessoas em 2021

A sensação de que 2020 ainda não acabou persiste. Creio que havia uma verdade no nosso inconsciente de que o término do ano traria como saldo o fim da crise pandêmica, em especial na saúde pública. Não foi, né? Continuamos, ansiosos, buscando vacinas e seringas. E delas ainda esperamos os resultados.

A grande discussão sobre o home office (ou não) me parece que fortalece um princípio considerado prioritário na direção do nosso sistema. Mais resultado para competir. É nesse ponto que acertamos ou erramos a mão…

Se a questão é apenas custo e eficiência, muito cuidado. Eles são fundamentais em muitos momentos. Contudo, os propósitos das empresa podem ter sido levados ao divã e, nessa terapia, algumas descobertas podem exigir fortes e radicais mudanças internas.

Mas como gerenciar equipes após essa crise em curso? Alguns palavras nos ajudam no norte: compreensão, relacionamento, envolvimento e reconhecimento. Creio que nessa ordem.

Os caminhos para uma nova cultura tendem ser longos ou traumáticos, podem estruturar e preparar para uma nova mudança e bagunçar tudo. Nunca precisamos estar tão próximos da alta gestão, dos líderes e do RH. Nossa capacidade de ouvir, observar e compreender devem estar aguçados.

As pessoas mudaram. Nossas equipes mudaram. Esse ano vai exigir da comunicação e do endomarketing nova compreensão, nova análise, novo entendimento e mais foco nas pessoas. E a partir desse novo diagnóstico e entendimento novas conexões serão construídas.

É um ano muito propício para a horizontalização, liberdade criativa, para a autonomia e para despertar um incondicional movimento de aproximação e compreensão. Este movimento se dá muito mais sobre os limites de cada uma e cada um do que sobre suas valências e capacidades que levam às entregas e aos resultados.

As pessoas mudaram. Não espere a mesma resposta, não analise apenas sustentado no histórico, não simplifique o entendimento. Isso já era bem arriscado antes da pandemia. É hora de ter muita responsabilidade, cautela, complacência e respeito. Inicie um novo ciclo de compreensão individual e coletiva, pare – por um bom tempo diário – e perceba sua equipe e os movimentos da sua empresa.

A principal meta do novo ano é ajudar as pessoas a serem felizes, a partir disso promover um ambiente organizacional (à distância ou perto) de tranquilidade e por consequência voltado para a realização de ações, atividades e projetos com a leveza que herança do ano passado exige.

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Leonardo Mosimann Estrella

Contribui com a comunicação da SCGÁS. Administrador pela UFSC (CRA/SC 10.868) e Jornalista Profissional (6684/SC), se especializou em marketing e gestão empresarial (UFSC), comunicação pública (Tuiuti), gerenciamento de crises (Unylea) e gestão estratégica de pessoas (HSM). Cursa mestrado em planejamento territorial e desenvolvimento socioambiental pela UDESC. Lidera área de comunicação corporativa. Apaixonado pela área de sociologia, atua no terceiro setor e acredita que por meio da pesquisa e do diálogo é possível construir uma sociedade melhor.

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