4 tendências de comunicação que devem orientar as marcas
A transformação digital no mercado latino americano é mais acelerada que nos mercados maduros do hemisfério Norte. Segundo dados da HootSuite em seu 2022 Global Overview Report, Argentina, Brasil, Colombia e México estão entre os 10 mercados onde as audiências entre 16 e 64 anos consomem mais tempo diariamente na Internet. Brasil em terceiro lugar, atrás de África do Sul e Filipinas, Colômbia em quarto, Argentina em quinto e México em oitavo lugar. O Youtube segue em crescimento acelerado e deixou para trás o Facebook em horas diárias de utilização por usuário.
A pandemia acelerou ainda mais a transformação digital e provocou uma reflexão intensa sobre valores. Narrativas relacionadas a sustentabilidade, diversidade, equidade e inclusão ganharam tração e se tornaram hegemônicas na velocidade dos bits e bytes. Se antes o processo era lento e dependia do engajamento paulatino de toda a sociedade, hoje temas emergentes que entrem em sintonia com prioridades de grupos de interesse passam a ser dominantes muito rapidamente. Isso nos fez entender, por exemplo, que uma cultura inclusiva, acolhedora das diferenças muda o jogo. Esse tema ganhou impulso graças à representatividade nas redes sociais, acessíveis a todos.
Comunicar de forma eficiente, conectando e engajando os consumidores com marcas e produtos é o grande desafio das empresas. Seguem as quatro grandes tendências da comunicação que devem orientar o foco das marcas na região para este ano:
- Propósito – definitivamente causa e propósito tornaram-se motores do mundo corporativo e elementos fundamentais na construção de reputação de marca. Em um mundo onde se discute o futuro do planeta, ter um propósito claro, genuíno é condição “sine qua non” para engajar os consumidores no mercado.
- Experiência do consumidor – colocar o cliente no centro do negócio sempre foi uma condição para o sucesso, mas agora é preciso avançar na experiência de marca e de produto. Só é possível convencer alguém a se engajar com a marca se a experiência que ela proporciona for interessante o suficiente para sustentar o negócio. Construir uma cultura com propósito e proporcionar ao público uma experiência singular com produtos e serviços tornou-se condição para vencer.
- Conteúdo visual relevante – na era do “storydoing”, não basta apenas ter uma boa história para contar. A história tem de ser autêntica, trazer em si a cultura e o propósito da marca e, claro, ter apelo audiovisual. Hoje, o texto é relegado a segundo plano, com o vídeo tornando-se “mainstream”. As redes sociais identificaram rapidamente esse movimento da sociedade e criaram ferramentas que permitem as pessoas se comunicarem da maneira que é mais eficaz na sociedade pós-pandemia. Para engajar potenciais consumidores no Instagram, TikTok, YouTube e outras mídias sociais relevantes é fundamental construir conteúdo visual atraente. Vídeos, infográficos, imagens, gifs são ferramentas que ajudam a conquistar a atenção e manter a marca na memória das pessoas por mais tempo.
- Equidade, diversidade e inclusão – o respeito às pessoas, às diferenças devia ser algo básico em qualquer sociedade. É fato que a pandemia abalou as estruturas da sociedade, provocou uma reflexão intensa sobre valores e nos fez entender que uma cultura inclusiva, acolhedora das diferenças, muda o jogo. Não há dúvidas de que a diversidade agrega valor ao negócio. E praticá-la dentro de casa é fundamental. Porque um dos fatores que afasta consumidores de uma marca é a atitude dos colaboradores. Eles são os primeiros embaixadores da marca. Portanto, é crucial que estejam alinhados com os valores e a missão da organização.
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