Uma mulher trans no Prêmio Claudia
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Maria Clara de Sena, moradora do Recife, recebeu ontem (4) o Prêmio Claudia 2016 na categoria Políticas Públicas. É a primeira vez que este reconhecimento, criado pela revista da Abril há 21 anos, é concedido a uma mulher transexual.
Maria Clara está acostumada a ser pioneira. Ela também é a primeira mulher trans a assumir cargo em um Mecanismo de Prevenção e Combate à Tortura, órgão que atua em parceria com a ONU e busca coibir e denunciar violências nas cadeias. O estado de Pernambuco tem a maior superlotação carcerária do país e as denúncias de maus tratos são recorrentes.
A trajetória de Maria Clara se assemelha à de muitas mulheres trans e travestis no Brasil. Rejeitada pela família, saiu de casa cedo, não encontrou espaço no mercado de trabalho e precisou se prostituir por quatro anos nas ruas de João Pessoa (PB). Precisou lutar muito para ter sua identidade reconhecida e conseguir seu espaço na sociedade.
O reconhecimento à sua atuação é bem-vindo no país que mais mata travestis e mulheres trans em todo mundo e onde 90% delas ão encontram alternativas fora da prostituição. Para conhecer mais sobre a história de Maria Clara, clique aqui.
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