Respeito à diversidade e Reputação

O colega blogueiro Ricardo Sales, no post “Homofobia no trabalho“, nos lembrou que hoje, dia 17 de maio, é Dia Internacional de Combate à Homofobia. Data escolhida por marcar a saída da homossexualidade do rol de doenças da OMS, em 1990.
Como o tema do meu blog é Reputação, eu não poderia perder a chance de falar hoje sobre o impacto do respeito à diversidade para o aumento da percepção positiva para as marcas e para o bolso dos investidores. Ou será que depois do sucesso da campanha de O Boticário no dia dos namorados no ano passado alguma marca ainda duvida de que inclusão é sinônimo de aumento de vendas?
Uma pesquisa antiga da Trendwatching já mostrava, em 2007, que o “Pink Profit” valia a pena. Segundo esta pesquisa, o poder de consumo dos gays e lésbicas nos Estados Unidos em 2011 ultrapassaria US$ 835 bilhões, contra US$ 660 bilhões em 2006. Para o Brasil não tenho dados no momento do poder de consumo dos LGBT (pretendo voltar ao tema futuramente), mas a mesma pesquisa apontava que a construtora Tecnisa havia contratado em 2004 um consultor para treinar os corretores a lidar com os consumidores LGBT e como consequência, em 2007, 12% do total de vendas da companhia vinha desta parcela de clientes de modo declarado, o que certamente significa um valor bem mais alto se levarmos em consideração que nem todos os LGBT sinalizam as suas orientações sexuais ao comprar um apartamento.
E por que citei dados com quase uma década? Para mostrar que as empresas que ainda estão com medo de apoiar a diversidade pelo perfil conservador de nossa sociedade estão perdendo tempo e a possibilidade de serem reconhecidas como protagonistas de mudanças sociais irreversíveis.
Respeito à diversidade significa inclusão de novos consumidores. Mas significa também, e sobretudo, respeito ao ser humano, às individualidades e é também um ato de cidadania. A empresa que adotar políticas internas que fomentem o respeito à diversidade tem grandes chances de passar para os públicos com os quais ela interage mensagens livres de preconceitos na teoria e na prática. Desta forma, a empresa além de surpreender positivamente, a empresa diminui a probabilidade de que casos de homofobia e outros desrespeitos manchem a sua reputação.
Destaques
- Primeira reunião do Comitê Aberje de Comunicação e Reputação Organizacional discute o desafio da reputação em tempos de hiperconectividade
- Novo livro de Vânia Bueno explora relação entre comunicação e governança corporativa
- Aberje, FGV Comunicação e Fundação Itaú promovem master class sobre comunicação e impacto social para Mestrado Profissional
- Chefe de Educação do Unicef Brasil debate comunicação em Masterclass no dia 21
- Primeiro encontro do Comitê Aberje de Cultura de Dados e Mensuração de Resultados na Comunicação debate desafios e caminhos para a mensuração
ARTIGOS E COLUNAS
Vinícius Ghise Como a IA pode transformar nossa visão de sucessoJanaína Leme O que é mensuração e o que é o básico para começar a mensurar?Carina Almeida SXSW: Um viva às pessoas no debate sobre inovação!Pablo Assolini Será o fim da agenda de diversidade nas empresas?Luis Alcubierre Notícias ruins e nãos também precisam ser dados