06 de setembro de 2016
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A reputação de Dom Pedro I

Dom Pedro I, responsável pela nossa independência de Portugal em 07 de setembro de 1822, é uma figura que entrou para a História sendo descrito de forma bastante multifacetada. Uma pesquisa rápida pela web o cita como: "grande namorador", "andava com amigos de reputação duvidosa", "impulsivo", "sem auto-controle", "inteligente", "astuto", "homem simples no trato com as pessoas", "dominador", "temperamental", "abstêmio", "mulherengo incorrigível", "sensível com os filhos", "bonitão", "limpo" (tomava banho diariamente) e "libertário".
Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim
Dom Pedro I se chamava Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim – ufa!

Você sabe algo sobre a reputação de Dom Pedro I? Reputação é a percepção coletiva de um grupo do somatório de imagens pontuais em relação a uma marca ou uma pessoa. Em outras palavras, podemos dizer que a forma como alguém é retratado após a sua morte é a sua reputação, desde que sejam descontados os floreios imediatos à morte, que sempre deixam o defunto, digamos, mais legal.

Dom Pedro I, responsável pela nossa independência de Portugal em 07 de setembro de 1822, é uma figura que entrou para a História sendo descrito de forma bastante multifacetada. Uma pesquisa rápida pela web o cita como: “grande namorador”, “andava com amigos de reputação duvidosa”, “impulsivo”, “sem auto-controle”, “inteligente”, “astuto”, “homem simples no trato com as pessoas”, “dominador”, “temperamental”, “abstêmio”, “mulherengo incorrigível”, “sensível com os filhos”, “bonitão”, “limpo” (tomava banho diariamente), “libertário” e “liberal no discurso, mas com índole autoritária”. Ah, para completar o pacote ele era também um bom músico e um amante da equitação. Sem dúvidas, um personagem bastante rico em se tratando de nuances de personalidade.

Um dos trechos mais curiosos de sua biografia, se olharmos pelo lado sentimental e prático, é o fato de que após ter ficado viúvo da Princesa Leopoldina, ele teria tentado se casar novamente e várias princesas da Europa teriam recusado o seu pedido por causa das costumeiras traições e supostos maus tratos emocionais à primeira esposa. Já naquela época, não bastava ser um imperador, tinha que ser minimamente respeitoso com o casamento. Essas recusas teriam ferido a sua vaidade e, quando ele finalmente conseguiu uma nova noiva, reza a lenda de que foi fiel a ela. Vai que ele ficava viúvo de novo! Imagina passar por toda aquela humilhação de ser rejeitado em série por suas pretendentes?! Reputação é tudo!

Interessante, não?

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Tatiana Maia Lins

Consultora em Reputação Corporativa, fundadora e diretora da Makemake - A casa da Reputação no Brasil e editora da Revista da Reputação.

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