03 de dezembro de 2018

A CEC – Comissão de Engajamento e Comunicação do Pacto Global quer apresentar seus integrantes. E para inaugurar a proposta, conversamos com a Fernanda Arimura, Head de Comunicação da Rede Brasil do Pacto Global da ONU e responsável pela interface entre as atividades da CEC e o Pacto Global.

Fernanda Arimura (Foto: Divulgação)

Natália Tamura: Conte-nos um pouco sobre sua formação e atuação no mercado.

Fernanda Arimura: Sou formada em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) e tenho pós-graduação em Economia e Finanças pela UFRGS. Também participei da primeira turma da especialização em Comunicação Internacional em Gestão de Comunicação Empresarial da Aberje/University of Syracuse. Já atuei em redação, trabalhei na Gazeta Mercantil e na Zero Hora. Estou na área da comunicação corporativa desde 2002, quando ingressei na Gerdau. Após essa experiência de cinco anos, trabalhei durante oito anos na agência Imagem Corporativa. Quando deixei a agência, fui consultora e desenvolvi projetos para a União Europeia, além de conteúdo para empresas. Também assumi a gestão da consultoria de sustentabilidade e comunicação Walk4Good.

NT: Quando começou a trabalhar com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável?

FA: Comecei a atuar com os ODS em 2015, como consultora de comunicação para projetos da União Europeia voltados à mitigação das mudanças climáticas. O tema ficou tão presente na minha vida que resolvi criar um blog, com textos que destacavam o papel do indivíduo em relação à sustentabilidade. Falamos muito sobre os governos e as empresas, que são extremamente relevantes neste processo, mas muitas vezes as pessoas são deixadas de lado. Transferimos para terceiros a nossa responsabilidade. E como cidadãos, temos como contribuir e devemos assumir a parte que nos cabe, para o bem e para o mal.

NT: Como você chegou ao Pacto Global?

FA: Cheguei ao Pacto Global em 2018, após três anos de atuação mais intensa na área da sustentabilidade. O ingresso no Pacto foi resultado de uma avaliação interna, que me levou a repensar os caminhos que queria dar para a minha carreira. Cheguei à conclusão que gostaria de contribuir mais com as causas que acredito e vi no Pacto uma oportunidade para seguir com este objetivo.

NT: Como tem sido a experiência neste trabalho?

FA: Intensa. Tratamos de muitos assuntos, nos envolvemos em diversos projetos e nossa equipe está presente em eventos no Brasil e no exterior, o tempo todo. A comunicação tem um grande desafio neste cenário, ao aproveitar essas oportunidades para potencializar a imagem do Pacto Global, endereçando mensagens-chave relevantes para a nossa atividade e engajando mais pessoas e organizações para a iniciativa.

NT: Como é a interface do Pacto Global com a ONU?

FA: Dentro da estrutura do Pacto Global, existe a secretaria, que executa os projetos e iniciativas. Essa secretaria, da qual faço parte, integra a estrutura do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Ou seja, a nossa interface é direta. Além disso, o principal papel do Pacto Global hoje é engajar o setor privado em ações que contribuam para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), propostos pela ONU em 2015 para os seus países membros.

NT: E em relação à CEC?

FA: A CEC é um dos grupos de trabalho que compõem a estrutura da Rede Brasil do Pacto Global. É gratificante ver comunicadores e profissionais de sustentabilidade de empresas e organizações que integram a nossa rede utilizando o seu tempo para pensar e criar estratégias de comunicação e engajamento para ampliar o alcance das mensagens de sustentabilidade. Acabamos de colocar na rua a campanha ODS e o Setor Empresarial, que conta, até o momento, com 86 participantes, todos membros do Pacto Global. Este projeto, idealizado pela CEC, resultará em compartilhamentos semanais, por todas estas empresas e organizações, de posts nas mídias sociais relacionados a cada um dos 17 ODS. É uma ação incrível, resultado de esforço e trabalho em equipe, com grande potencial de alcance e resultados. A CEC é a materialização de um ideal de utilização da comunicação como ferramenta para a realização de muitas coisas boas.

 

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Natalia de Campos Tamura

Doutora em Ciências da Comunicação pela USP, Mestre em Educação, Arte e História da Cultura, Especialista em Gestão da Comunicação e Bacharel em Relações Públicas Pesquisadora e docente do curso de Relações Públicas na Faculdade Cásper Líbero e do MBA da Aberje também representa a Associação na Plataforma de Comunicação e Engajamento do Pacto Global, da ONU Desenvolve consultoria em processos de gestão da sustentabilidade e atua como facilitadora de diálogos com experiência em metodologias colaborativas de participação e estruturas libertadoras

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