09 de fevereiro de 2023
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Prevenção e inovação a favor da saúde

 

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que só em 2022 mais de 66 mil mulheres serão afetadas pela pelo câncer de mama no Brasil. Esse tipo de câncer é o segundo mais comum entre as mulheres, mas, infelizmente, o que mais causa mortes. Quando diagnosticado precocemente, no entanto, têm bom prognóstico, aumentando em até 95% as chances de cura.

Por tudo isso, no início da década de 1990, iniciou-se um movimento internacional de conscientização para a detecção precoce da doença, o Outubro Rosa. Foi quando o laço rosa, símbolo da campanha, foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure e distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York, que é promovida todos os anos desde então.

No mundo todo, o objetivo do Outubro Rosa é divulgar informações sobre o câncer de mama e fortalecer as recomendações do Ministério da Saúde sobre prevenção e a importância do diagnóstico precoce.

Todas as mulheres, independente da idade, podem conhecer seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas mamas. Porém, ter acesso a exames de diagnóstico é crucial para que a doença seja detectada no começo e, se for o caso, a paciente seja encaminhada para o tratamento adequado.

Beatriz Bassi, enfermeira do Sesi Cuide-se + de Prevenção do Câncer, programa que, com uma unidade móvel totalmente equipada vai até as indústrias para realizar mamografias, além do preventivo do colo do útero, PSA e de pele nos colaboradores, conta que já atendeu pacientes com mais de 60 anos realizando a mamografia pela primeira vez, assim como mulheres que realizaram a primeira coleta de Papanicolau aos 50 anos, apesar das várias gestações.

Isso, mesmo com as unidades básicas de saúde das prefeituras ofertando os exames preventivos. Segundo ela, as justificativas vão do medo de sentir dor ao realizar o exame até vergonha. Por isso, além de prover exames que garantam a saúde da mulher, é imprescindível que informação seja disseminada entre a população, consequentemente atuando em prol do ODS 3 – Saúde e Bem-estar: assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todas e todos, em todas as idades.

Cuide-se +

Com a missão de apoiar e fortalecer a indústria para melhorar a vida das pessoas, o Sesi Paraná lançou o programa Cuide-se Mais de Prevenção do Câncer em 2014. Três unidades móveis totalmente equipadas atendem todo o Paraná, realizando os exames dentro da própria indústria. Até setembro de 2022, foram realizados aproximadamente 155 mil procedimentos de prevenção. Além dos exames, os profissionais do Sesi realizam também ações informativas, para instruir os trabalhadores sobre a importância da prevenção.

Entre os principais sintomas do câncer de mama estão: caroço (nódulo); pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja, alterações no mamilo e saída espontânea de líquido de um dos mamilos. Além disso, podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou nas axilas. São vários os fatores relacionados ao desenvolvimento da doença entre mulheres, como envelhecimento, histórico familiar, consumo de álcool, excesso de peso, sedentarismo, entre outros.

Inovar para melhorar

O edital de inovação Sesitech apoia o desenvolvimento de projetos de cooperação entre Institutos Senai de Tecnologia e Inovação do Paraná e indústrias paranaenses, para o desenvolvimento de novas soluções com foco em saúde e segurança dos trabalhadores da indústria. Uma parceria entre o Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica (ISI-EQ) e a BMR Medical, fruto do edital, revolucionará em breve o diagnóstico de câncer de mama.

Trata-se de um biossensor eletroquímico descartável, de baixo custo, portátil e fácil de usar para a detecção da HER2 –  molécula-chave para a detecção do câncer de mama por meio de biópsia líquida.

O biossensor eletroquímico já comprovou sua eficácia na pesquisa aplicada. A partir de agora será necessário ampliar o número de amostras e a estimativa da BMR Medical é que a tecnologia chegue ao mercado em até cinco anos.

Ações como essas impactam positivamente vidas, empresas e toda sociedade. Afinal, olhando para as pessoas, cuida-se do mundo.

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Juliana Penhaki

Juliana Penhaki é formada em Psicologia, possui certificação em Biologia Cultura e mestrado em Tecnologia e Sociedade. É coordenadora de Parcerias Institucionais do Sistema Fiep e membro da PACE

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