16 de maio de 2023
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Pesquisa da Kaltura analisa mercado online e híbrido

 

Uma pesquisa global com mais de 1250 organizadores e participantes para refletir o que aconteceu e qual é o futuro dos empregos dos profissionais de comunicação, marketing e eventos: é desta amostra que parte o The State of Virtual Events da consultoria Kaltura. A proposta do documento é mostrar as principais tendências, insights e recomendações para maximizar o ROI das ações e da estratégia de marketing.

Já se sabe que a mudança para uma mentalidade digital é irrevogável e, com ela, um conjunto de ferramentas digitais precisam ser aplicadas e aperfeiçoadas. O trabalho então foi feito e é entregue para apoiar na criação de estratégias e na navegação por esses desafios, pensando nos planos para o futuro – mas sem deixar de analisar a experiência desenvolvida até este momento em eventos virtuais e híbridos até agora empurrados pela pandemia da Covid-19.

Os eventos virtuais vieram para ficar: 94% dos organizadores planejam um evento virtual em 2022 e 48% planejam mais eventos virtuais do que no ano anterior, sendo que 84% dos participantes afirmam que sempre gostariam de ter a opção de participar de qualquer evento como virtual/remoto.

HIBRIDISMO – importante perceber que 73% dos participantes estão satisfeitos com a experiência que tiveram em eventos virtuais (mesmo feitos em circunstâncias desafiadoras, o que promete ainda melhor experiência a partir de agora) e 90% dos organizadores acreditam que todos os eventos de grande escala serão híbridos ou virtuais até final de 2023.

O foco dos eventos híbridos deve ser oferecer uma experiência igualmente forte a todos os participantes, sejam eles presenciais ou virtuais. Isso também significa que os participantes presenciais podem usar a experiência virtual para assistir a gravações sob demanda de sessões que perderam ou desejam assistir novamente. Ou podem acessar a experiência virtual pelo celular para consultar a programação do evento ou ler sobre os palestrantes. Da mesma forma, os participantes virtuais terão uma experiência melhor ao ver a transmissão ao vivo com um público real. Eles também devem poder desfrutar de oportunidades de networking com outros participantes, virtuais e presenciais.

A escolha da estratégia não é apenas uma questão de remover todas as desvantagens dos eventos virtuais versus presenciais, optando por um evento híbrido. Também depende muito da capacidade e dos recursos. Mas eles são o caminho agora.

Os participantes também estão prontos: 75% afirmam que planejam continuar participando de eventos virtuais mesmo após a retomada dos eventos presenciais.

CONTEÚDO – enquanto os participantes vão em grande parte a eventos presenciais para construir relacionamentos (39%), o principal objetivo dos eventos virtuais é aprender sobre a empresa/produto (36%) e educação geral (36%).

Em vez de potenciais oportunidades de networking ou desenvolvimento de negócios, o que está impulsionando a participação e o engajamento das pessoas nas ações virtuais é a qualidade do conteúdo.

ROI – Há uma análise rigorosa que evidencia maior ROI e engajamento em eventos virtuais. E algumas constatações podem ser feitas (ainda que possa ser difícil generalizar como tendência, dadas as diferenças entre países, setores de negócio promotores ou envolvidos e ainda o perfil do público-alvo.

Dos benefícios listados pelos profissionais de marketing e organizadores de eventos pesquisados, 26% relataram um maior retorno sobre o investimento e aumento no engajamento dos participantes de eventos virtuais do que eventos presenciais, sem esquecer da possibilidade ativa de obtenção de dados adicionais sobre seus interlocutores e da construção de comunidades online duradouras, que permanecem após encerramento da atividade oficial.

PERFIS – Existem lacunas dentro das organizações quando se trata de volta aos eventos presenciais. Enquanto 84% dos gerentes de eventos esperam voltar aos eventos presenciais, apenas 65% dos CMOs e outros gerentes de marketing concordam. Este cenário mostra o desafio de conciliar e compartilhar metas para empreender estas ações, com clareza de onde se deseja chegar e qual o melhor método.

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Rodrigo Cogo

Rodrigo Cogo é o curador do Sinapse Conteúdos de Comunicação em Rede e responsável pela distribuição digital dos canais integrantes da plataforma. Formado em Relações Públicas pela Universidade Federal de Santa Maria, é especialista em Gestão Estratégica da Comunicação Organizacional e Mestre em Ciências da Comunicação, com estudos voltados para a Memória Empresarial e Storytelling, ambos pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (SP). Atuou na Aberje por 14 anos, passando pelas áreas de Conteúdo, Marketing e Desenvolvimento Associativo e tendo sido professor em cursos livres e in company e no MBA da entidade por 10 anos. É autor do livro "Storytelling: as narrativas da memória na estratégia da comunicação".

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