
Igualdade de gênero é um termo que constitucionalmente já existe desde 1988. Se olharmos para o artigo 5° da Constituição Federal, ele cita que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza…”, porém, na prática não é assim que se dá o comportamento da sociedade.
Segundo dados do IBGE (2019), as mulheres representam 52,2% da população brasileira e constituem a maior parcela das pessoas de 25 anos ou mais com ensino superior completo, sendo 19,4% contra 15,1% dos homens. No entanto, essa representatividade não se reflete na participação das mulheres em cargos gerenciais, que hoje é de 37,4%, tampouco na igualdade salarial, uma vez que o salário médio das mulheres é cerca de 77,7% do salário dos homens em mesmos níveis hierárquicos.
A igualdade de gênero é uma questão relacionada aos direitos humanos e que tem o propósito de gerar segurança para mulheres e meninas no mundo todo, trabalhando e aproveitando o potencial feminino encontrado na sociedade dentro de ambientes políticos, econômicos e sociais.
Para alcançar essa igualdade é necessário desenvolver políticas públicas, aumentar a representação política das mulheres e, principalmente, ampliar a liberdade sobre a própria vida, ou seja, a possibilidade de exercer seus direitos de forma livre, independentemente da opinião de seus parceiros. Nesse sentido, as metas estabelecidas pelo ODS 5 (Igualdade de gênero) são importantíssimas para acabar com as formas de discriminação, de violência e outras práticas nocivas, garantir a participação plena e efetiva das mulheres e a igualdade de oportunidades para a liderança, assegurar o acesso universal à saúde sexual e reprodutiva e os direitos reprodutivos, realizar reformas para dar às mulheres direitos iguais aos recursos econômicos, adotar e fortalecer políticas sólidas e legislação aplicável para a promoção da igualdade de gênero, além de outras práticas.
Case de sucesso
A Mitre Realty, construtora e incorporadora atuante na cidade de São Paulo procura desenvolver um ambiente estimulante, transparente, colaborativo e inclusivo para todos os colaboradores, independentemente de identidade étnica ou de gênero, orientação sexual, deficiência, origem, idade e religião, por exemplo. A companhia proporciona igualdade de tratamento e oferta de oportunidades a todos colaboradores, independentemente de seu papel dentro da companhia, e valoriza as pessoas que se destacam, em especial, pela sua performance. Isso faz com que todos possam ter um lugar de fala e sejam tratados igualmente, o que estabelece uma relação de confiança e colabora para a manutenção de uma equipe de sucesso. O segredo da companhia foi olhar o potencial de cada um na sua individualidade, ficando claro que as mulheres são tão comprometidas e entregam um excelente resultado tanto quanto aos homens.
Os resultados colhidos com esse posicionamento de cultura podem ser vistos no último relatório de sustentabilidade de 2021 da companhia, onde os dados demonstram a composição de 49% de mulheres no quadro geral de colaboradores e de 47% em cargos de liderança, proporção que contraria o padrão do setor de construção civil. Observando apenas o escritório, sem as obras, o número é ainda maior, são 64% de mulheres no quadro geral e 56% de mulheres na liderança. Esse tratamento e fornecimento de oportunidades equalizado fez com que as mulheres conquistassem seu espaço com base em conhecimento e desenvolvimento profissional.
Esses dados apresentados pela Mitre são de dezembro de 2021 e, pelos indicadores monitorados internamente até o final do primeiro trimestre de 2022, a tendência é que nesse ano haja uma presença ainda maior de mulheres. O mais importante é que esse aumento deve ser dar naturalmente, a partir de condições iguais de crescimento. Com isso, os talentos das mulheres, que são maioria no país e nas estatísticas de ensino superior, com certeza aparecerão e conquistarão seu espaço.
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