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17 de março de 2009

Os fios do labirinto

Paulo Nassar
 
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Entre os séculos 16 e 18, era comum nas cidades europeias contratar um magistrado para promover o reordenamento político e jurídico, colocando-o acima das disputas e interesses de facções. Calvino (1509-1564), por exemplo, reorganizou a Igreja e o Estado de Genebra, abrindo caminho para a cidade se transformasse num vigoroso núcleo protestante. Rousseau (1712-1778), o autor de Do Contrato Social, por pouco não exerceu idêntica função na Córsega.

Hoje, essa figura já não existe mais e as sociedades em crise são obrigadas a encarar seus próprios problemas. É exatamente esse o fio do labirinto para sair da atual turbulência econômica: a ativa participação do corpo social.

O traço em comum com o passado é que, na origem da crise, encontra-se o conflito recorrente entre o interesse público e o interesse privado. Na Europa dos fins da Idade Média e da ascensão da burguesia, no século 18, a efervescência política estava polarizada entre o velho regime monárquico, autocrático e autoritário, e a moderna república, com seus ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. Uma, a monarquia, de limites nacionais; a outra, a república, de horizontes universais.

Agora, o choque se dá entre a ambição de uma sociedade global que corrija desigualdades e promova a integração da humanidade, de um lado, e , de outro, uma globalização egoísta, que serve apenas a interesses individuais ou de grupos.

 

Fundamentos éticos

É essa a natureza profunda da crise do presente. Criou-se uma imagem de que o Estado é a essência da ineficiência, a iniciativa privada justamente o oposto. Os fatos não corresponderam à realidade. E a imagem construída com pés de barro ruiu. Esqueceu-se a origem do Estado, nascido para permitir que o capitalismo mercantil pudesse realizar suas plenas potencialidades. Esqueceu-se a origem da palavra privado, que, no princípio, na Grécia Antiga, significava privação. Privação de liberdade para mulheres, estrangeiros e escravos que não podiam participar da ágora, isto é, da liberdade de discutir em praça pública os temas maiores, como a justiça, as leis, a república e a própria liberdade.

Iniciativa privada nos nossos dias ganhou um significado completamente diverso. Quer dizer produção e partilha de riquezas, quer dizer interdependência das companhias com a sociedade e, mais do que isso, responsabilidade social. O Estado, nesse contexto, não pode ser depreciado, pois é o fiel do poder regulamentador e fiscalizador.

Nas últimas décadas, na medida em que as comunicações se desenvolviam em escala global e que as pessoas se tornavam cada vez melhores informadas, os laços de solidariedade foram se rompendo. Em parte, porque as religiões e ideologias se esvaziaram. A ética protestante e a ética católica, substanciais para a expansão dos negócios antes e depois da revolução industrial, enfraqueceu-se.

Passou a predominar a ética pessoal, uma subjetividade tão intensa que, aos poucos, foi solapando os fundamentos éticos e morais dos negócios. Em paralelo, adensaram-se as pressões, por parte da sociedade, pela ética na política e nos negócios.

A crise que viria a eclodir, no segundo semestre do ano passado, é, em síntese, uma crise de natureza ética e moral. Mudou-se a base produtiva, mas o movimento da infra-estrutura da economia não correspondeu a um proporcional aperfeiçoamento da superestrutura dos valores.

 

Fortalecer a democracia

O resultado foi um choque frontal. A corda, há muito esgarçada, rompeu-se no lado aparentemente forte, mas na realidade o mais frágil – o lado das corporações, dos negócios. Por isso, os jornais todos os dias noticiam que bancos estão às vésperas de ser estatizados – pasmem, nos Estados Unidos! –, que os suíços vão fazer concessões quanto ao sigilo bancário, que uma corporação como a GM pode pedir concordata, que as taxas de desemprego na América batem recorde. Enfim, parece que as previsões do velho Karl Marx estão às vésperas de se concretizar.

Nada mais ilusório. Um sistema produtivo, foi o próprio Marx quem concluiu, só chega ao ocaso quando esgota todas as suas potencialidades. O capitalismo está longe dessa etapa. Vive, sim, um momento de reestruturação. Se reposiciona para resgatar antigos valores, restaurar a indispensável confiança, indispensável para que os negócios floresçam. Foi na base da confiança que se desenvolveram as cidades mundo, de Florença ao Oriente, dando fôlego, no século 13, ao primeiro movimento globalizador. É a confiança que vai nutrir o novo ciclo da globalização.

Nesse contexto, o Brasil ocupa uma posição privilegiada. Há liberdade e as companhias, há muito, vêm se inclinando para os imperativos da responsabilidade histórica e social. O Estado, a despeito das crises de corrupção, também tem se depurado, procurado sair do labirinto da inércia.

É preciso reconhecer: o impacto da crise aqui é muito menor e de natureza muito menos predadora do que acontece na América e mesmo na Europa. E não é só porque a economia é menor. Entre nós, há um componente modernizador das relações das empresas, Estado e sociedade que faz acentuada diferença.

É certo que a ampliação dos espaços públicos, com a redemocratização, criou um saudável jogo de pressões, com ativa participação do corpo social. Isto tem contribuído para que os conflitos entre o público e o privado se explicitem e as soluções brotem do diálogo.

O quadro presente favorece para que se tirem boas lições e se crie novas oportunidades da crise mundial. Afinal, é nas crises que as nações revelam sua capacidade de renovação. Seria errôneo alimentar uma visão apocalíptica da realidade. Também, não é o que o Brasil tem feito. O otimismo do início do ano passado cedeu lugar à cautela, mas não ao pânico. Essa postura favorece ao caminho que parece ser correto: fortalecer a democracia e a atividade produtiva. O interesse público, nesse sentido, precisa ser dominante. Quanto maior for o valor do interesse público, maior será o saudável desempenho dos negócios e da economia. Mais cedo se poderá encontrar o fio que conduz à saída do labirinto.

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Paulo Nassar

Diretor-presidente da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje); professor titular da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP); doutor e mestre pela ECA-USP. É coordenador do Grupo de Estudos de Novas Narrativas (GENN), da ECA-USP e pesquisados no campo da interface entre Comunicação e Antropologia. Docente de mestrado e doutorado (PPGCOM ECA-USP) desde 2006, onde ministra, juntamento com o Prof. Dr. Luiz Alberto de Farias, a disciplina stricto sensu “Memórias Rituais, Narrativas da Experiência”. Pesquisador da British Academy (University of Liverpool) – 2016-2017. Entre outras premiações, recebeu o Atlas Award, concedido pela Public Relations Society of America (PRSA, Estados Unidos), por contribuições às práticas de relações públicas, e o prêmio Comunicador do Ano (Trajetória de Vida), concedido pela FundaCom (Espanha). É coautor dos livros: Communicating Causes: Strategic Public Relations for the Non-profit Sector (Routledge, Reino Unido, 2018); The Handbook of Financial Communication and Investor Relation (Wiley-Blackwell, Nova Jersey, 2018); O que É Comunicação Empresarial (Brasiliense, 1995); e Narrativas Mediáticas e Comunicação – Construção da Memória como Processo de Identidade Organizacional (Coimbra University Press, Portugal, 2018).

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