26 de agosto de 2019

Mentalidade digital em tempos de inteligência artificial

A inteligência artificial (AI) chegou para ficar, isso não há mais como duvidar. Qualquer pessoa que carregue um smartphone já é assistida por AI, mesmo sem se dar conta.

As mudanças provocadas pela tecnologia estão transformando a cultura e a forma como nos relacionamos. Essa alteração de contexto passa a exigir das empresas e, em especial, dos profissionais de marketing e comunicação, a ressignificação da forma como pensamos e como construímos elos de conexão entre marcas e pessoas.

Mais do que a transformação digital dos canais de comunicação, a tecnologia nos leva a reaprender a forma como agimos em relação a ela e a nós mesmos, enquanto seres humanos.

Conectar com o que realmente importa, significar o consumo e as relações por meio do uso de novas ferramentas é um grande desafio. Nesse ambiente, a inteligência artificial surge para ser aliada, não uma ameaça.

Na jornada do entendimento dessa nova forma de pensar o mundo, há três pontos que vale considerarmos:

1.   O mindset por trás da transformação

O uso da tecnologia foi ocupando espaço na rotina, sem que parássemos para prestar atenção no seu impacto. Isso trouxe consequências definitivas para o mercado de comunicação e marketing.

Você contou quantas redes sociais, caixas de e-mail, sistemas operacionais e gerenciais e outras ferramentas faz uso diariamente para a execução de uma estratégia? Eu fiz um cálculo e, diariamente, uso em média 15 ferramentas para conseguir entregar o meu trabalho.

Quantas delas servem apenas para fazer atividades repetitivas? E se essas ferramentas pudessem ficar mais inteligentes e por conta própria aprendessem a resolver atividades simples sem que você estivesse por perto?

Esse é o papel da inteligência artificial na comunicação e no marketing. Menos atividade burocrática, mais tempo para pensar e para estratégia.

2. Marketing digital x publicidade digital x reputação digital

Modismos sempre são bem-vindos e nos provocam em direção à mudança. Porém, nem tudo serve para todo mundo. Quando colocamos todas estas áreas de conhecimento à frente do digital, fica mais fácil percebermos o óbvio: digital é o ambiente, não a estratégia.

Entender o valor do conhecimento de cada uma das áreas e o impacto que podem causar nos negócios de uma empresa, quando sincronizadas, traz mais força para os resultados de cada uma delas.

Não há como vendermos publicidade digital com a expectativa de entrega de resultados de marketing e vice-versa. Valorizar o conhecimento passa por assumir as fortalezas e alinhar expectativas com clientes antes da realização dos trabalhos.

3.   A Era Benjamin Button

Por fim, estamos vivendo o que costumo chamar de “A Era Benjamin Button”. Quando acreditamos que atingimos o nível de maturidade profissional para conduzir excelentes projetos em tempos disruptivos, precisamos reaprender a ressignificar a forma como entendermos a comunicação.

Somos velhos e novos ao mesmo tempo!

Cabe a nós mudarmos a mentalidade e aceitarmos que precisamos aprender a reaprender constantemente, em um mundo tecnologicamente transformado.

Nós temos uma vaga ideia para onde estamos indo, tanto como sociedade quanto como mercado de atuação. Mas a bem da verdade é: não sabemos ao certo como será essa jornada de convivência em um mundo co-criado por humanos e robôs.

Não há respostas prontas, há uma sociedade em transformação e em diferentes estágios de maturidade em relação à tecnologia. O mesmo vale para empresas, áreas de marketing e agências de comunicação. Essa percepção que compartilho com vocês é fruto de estudo, vivência diária em empresas e na troca de conhecimento com profissionais de outros países.

Se você tem algum palpite ou ideia de para onde estamos indo, vou adorar saber mais e conversar com você. Deixa aqui nos comentários a sua opinião!

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Fabiane Klafke

Formada em Relações Públicas pela PUCRS e especialista em Inteligência de Mercado (PUCRS e Ibramerc). Atuou com relacionamento com a imprensa, com marketing para a educação intercultural e como relações públicas para escritório de advocacia. É Co- Founder e diretora da RP School da Todo Mundo Precisa de um RP e Diretora de Inteligência da Otimifica. Tem desenvolvido diversos estudos na área de tecnologia com ênfase em análise de dados e inteligência artificial para o INBOUNDPR. Sua experiência internacional inclui países como Canadá, França, Portugal e Suíça e cobertura de eventos como Cannes Lions e World Communication Forum.

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