Machista, eu?

Publicado no Linkedin em abril de 2019
A desigualdade de gênero, a falta de representatividade feminina em todas as esferas da sociedade, o assédio, a violência contra a mulher, os índices de feminicídio no Brasil, a enorme diferença salarial, são temas do seu interesse? Ou você considera essas discussões o mais puro “mimimi”?
Já fez o exercício de pensar sobre a presença feminina na sua vida? Que papel sua mãe, avós, tias, irmãs, primas, professoras, amigas, namoradas, colegas de trabalho, esposa ou companheira, exerceram ou ainda exercem na sua vida? E que papel você exerce na vida delas?
Você tem filhas? Conseguiu educá-las da mesma maneira como educou seus filhos? Suas filhas cresceram, incentivadas por você, acreditando que podiam ser o que elas quisessem? E elas se tornaram as mulheres que sonhavam ser? O que você fez para que isso acontecesse?
Essa não é uma missão fácil. Fomos criados numa sociedade machista, preconceituosa, racista, homofóbica e enviesada. A cultura que determinou a maneira como vemos o mundo, nos fez acreditar que é “normal” as mulheres terem uma profissão secundária, ganharem menos e assumirem integralmente a educação dos filhos e as tarefas da casa. Isso sem falar em todas as formas reinantes de violência contra a mulher, socialmente aceitas ou “justificadas”.
Você já se deu conta disso? Ou continua ensinando seu filho a “ser homem”, o “macho alfa” provedor, corajoso, inteligente, valente, e sua filha a querer ser uma “linda princesa” cor de rosa?
Que exemplo de pessoa você tem sido? Seu discurso condiz com suas atitudes? Ou aquilo que você faz fala tão alto que mal dá para ouvir o que você diz?
Você tem consciência do quão machista você é? Independente do seu gênero, raça, orientação sexual ou classe social?
Fica aqui o meu convite para que você pense no mundo que quer deixar para as futuras gerações.
Mude. Só assim você muda o seu mundo.
Artigo originalmente publicado no jornal O Povo em 09/03/18
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