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25 de novembro de 2019

Como temos narrado a sustentabilidade empresarial brasileira

Natalia de Campos Tamura
(Imagem: Unplash/Daniel Funes Fuentes)
 
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(Imagem: Unplash/Daniel Funes Fuentes)

Falar em sustentabilidade está em voga no mundo empresarial. Se não nas atitudes, na maneira de nos expressarmos. As empresas tem se empenhado em dizer que sustentabilidade é sua missão, sua razão de existir, que se preocupam e tem no seu propósito o objetivo de cumprirem com o famoso Triple Bottom Line (o olhar interseccionado dos âmbitos social, ambiental e econômico), proposto por John Elkington nos anos 90. Mas, ainda que os discursos tenham se aperfeiçoado, a questão é: sabem mesmo as empresas o que querem ao tratar de sustentabilidade? Posicionam-se claramente? Estão preocupadas em ensinar o tema ou apenas informam seus feitos sobre ele? Os públicos com quem se relacionam entendem o que é sustentabilidade e a importância de se envolverem no tema?

As reflexões são consequências de um cenário que mostra o quão pouco entendemos do assunto. Boa parte de nós, brasileiros, já ouvimos falar ou afirmamos saber o que é sustentabilidade, mas não temos convicção sobre sua amplitude porque pouco ou nada conversamos sobre isso. Uma pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (SP), realizada em 2019, avaliou a percepção que consumidores têm sobre sustentabilidade e concluiu que muitas pessoas confundem conceitos, de acordo com seu nível de informação e escolaridade. Em 2018, a Rede Conhecimento Social, em parceria com o IBOPE Inteligência e a Conhecimento Social foi ouvir o que os brasileiros entendiam por ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável). 49% dos entrevistados não conheciam o tema, 38% apenas ouviram falar nos ODS, enquanto 10% declararam ter algum conhecimento sobre o que seria, apesar de não saber defini-lo.

Se para os brasileiros o assunto não é familiar no seu cotidiano, sustentabilidade empresarial possivelmente está relacionada à reciclagem e à assistência de crianças carentes. Mas como explicamos isso? Boa parte deste nosso imaginário equivocado sobre como entendemos a sustentabilidade vem da nossa constituição como sociedade brasileira. Não somos sustentáveis porque não atuamos como atores de um processo histórico. Nem com a independência do Brasil em 1822 deixamos de ter escravos ou chegamos perto da abolição da escravatura (que ocorreu somente em 13 de maio de 1888). Queríamos liberdade, mas não nos demos conta de quem também queria liberdade (no caso, a população que constituía o país). Queríamos voz, mas não demos ouvidos para quem o construía (índios, negros, descendentes, imigrantes, pobres). Nunca olhamos para o interesse do todo, mas somente de algumas partes (em geral, aqueles que detinham, de alguma forma, o poder). Assim, não constituímos um pensamento sustentável, desde nossa essência como país. Somamos a isso nossa natureza acolhedora que nos acostumou mal. Poucos são nossos limites naturais. Desperdiçamos porque não temos meses do ano onde está tudo congelado, como ocorre em diversos países, limitando a fartura de alimentos. Aprendemos pouco a poupar. E talvez, por isso, negligenciamos nossas florestas, mares, animais, dando espaço para a calamidade natural e social que progride consideravelmente.

Falar em sustentabilidade empresarial é falar em um novo modelo mental. Não é apenas em um departamento que toda empresa deve ter para vender melhor sua imagem e achar que com isso pode mudar heroicamente o mundo. Diversidade não significa nada se não formos mais específicos, se não trouxermos para a conversa mais negros, mulheres, LGBTs, idosos e deficientes. Arrecadar agasalhos ou fazer sacolinhas no Natal para crianças em vulnerabilidade não resolve o problema da invisibilidade que demos à sua educação e repertório social no restante do ano, senão em sua vida toda. Criar comitês para discutir os próximos passos da sustentabilidade empresarial e não colocar em pauta o problema da locomoção, das doenças emocionais, do consumismo inconsciente, das toneladas de lixo eletrônico geradas compulsivamente, da corrupção moral, entre tantos outros desafios que o mundo enfrenta, não o torna verossímil. De nada adianta narrarmos as proezas sustentáveis das nossas produções se ainda chamamos de chão de fábrica aquele que operacionaliza uma máquina. Não se tratam somente de palavras, mas de reconhecimento legítimo de que todos que participam de uma organização colaboram com ela e com seu propósito, independentemente do espaço no organograma que ocupam. Estar visíveis aos olhos é o primeiro passo para a tomada de lucidez que o tema da sustentabilidade exige. Porque ser sustentável é, antes de tudo, sobrevivência e perpetuação. Não repetição. No Brasil, até então, são muitas as empresas que repetem seus erros e escândalos, ainda que estejamos aprendendo muito com isso.

Em pesquisa realizada pela Aberje em 2019, sobre sustentabilidade, percebemos o amadurecimento do tema no ambiente empresarial, onde se evidenciaram o quanto os propósitos corporativos, a responsabilidade social, o ativismo político, a inclusão estão ganhando espaço e relevância nas companhias brasileiras. A boa notícia é que, de acordo com o levantamento, nove entre dez empresas ouvidas têm uma área formal estruturada para a gestão da sustentabilidade e, em 58% delas, a estratégia de sustentabilidade é acompanhada de perto pela presidência da companhia, diretorias e gerências. Para 57% das organizações participantes, o tema sustentabilidade/RSE está entre as cinco principais prioridades, para 25% estão entre as três e para 8% é prioridade máxima. A quase totalidade das participantes tem programas de sustentabilidade/RSE, formais e publicados.

Segundo a pesquisa, 81% das organizações fornecem para os públicos de interesse informações claras e precisas quanto à sustentabilidade de seus produtos, serviços e atividades (81%). Também afirmaram ter um processo para feedback, consulta e/ou diálogo efetivo com clientes, fornecedores com as quais faz negócios (96%), sendo formal em 77% e informal em 19%. Mas se o diálogo está estabelecido com tais públicos, por que boa parte das organizações ainda não adotam padrões de sustentabilidade em seus processos de compras e aquisições? Por que as médias e pequenas empresas ainda tem tanta dificuldade para entender o tema e aplicá-lo no seu negócio? Por que boa parte dos funcionários de uma empresa que não estão envolvidos diretamente nos processos de sustentabilidade pouco sabem sobre suas práticas?

Talvez estas respostas estejam na fragilidade empresarial de não narrar adequadamente o que é sustentabilidade e onde especificamente quer chegar com isso. Mais do que relatórios detalhados, as organizações precisam se envolver com os propósitos dos seus funcionários, ouvi-los, acolher seus ativismos e lutas, sejam elas quais forem. Dar voz às suas causas e refleti-las na realidade empresarial, ainda que em certa medida, pode colaborar consideravelmente para tirar da invisibilidade algumas das motivações que os fazem todos os dias levantar e construir sua história com ela.

Se discursos dão significado, narrativas constroem sentido. Sob esta perspectiva, o discurso sobre sustentabilidade empresarial no Brasil, ainda que mostre estar ganhando maturidade e força com o tempo, precisa de narrativas que produzam sentido nas vidas das pessoas. Enquanto os relatórios sobre ESG manifestam os discursos sobre as práticas sociais, ambientais e governamentais, fundamentais à prestação de contas organizacionais, são as narrativas cotidianas que expressam como se constituem as redes de ajuda e solidariedade na resolução de problemas e tarefas, transbordando de seu meio e abarcando outros espaços sociais, tais como a casa, o bairro, as redes sociais. Se os discursos sobre sustentabilidade deflagram o posicionamento coletivo de uma empresa, são as narrativas singulares que revelam os valores das pessoas que as compõem e dão sentido as suas escolhas e propósitos.

Talvez seja momento de transbordarmos nossos bonitos discursos corporativos com narrativas autênticas e consistentes sobre como as pessoas que compõem uma organização interpretam a sustentabilidade a partir de suas próprias experiências de vida.

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Natalia de Campos Tamura

Doutora em Ciências da Comunicação pela USP, Mestre em Educação, Arte e História da Cultura, Especialista em Gestão da Comunicação e Bacharel em Relações Públicas Pesquisadora e docente do curso de Relações Públicas na Faculdade Cásper Líbero e do MBA da Aberje também representa a Associação na Plataforma de Comunicação e Engajamento do Pacto Global, da ONU Desenvolve consultoria em processos de gestão da sustentabilidade e atua como facilitadora de diálogos com experiência em metodologias colaborativas de participação e estruturas libertadoras

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