Benchmarking – cópia ou inspiração?
Os Japoneses têm uma palavra que define bem o benchmarking: dantotsu, que significa tornar-se “melhor do melhor”. Funciona como um processo onde se tenta superar os pontos fortes dos concorrentes.
O problema começa quando a preguiça ou o encantamento (pelo projeto do outro) tomam conta. Conheço um monte de gente que simplesmente copia control c, control v a ação do outro, fazendo apenas pequenos ajustes (não, claro que não é plágio!). E acha que os pequenos ajustes são suficientes. O mal ou o perigo é tentar fazer o sapatinho de cristal caber no pé das irmãs quando ele, na verdade, foi feito pela fada madrinha, sob medida, para o pé da Cinderela.
E aí? Um novo projeto feito a partir de um benchmark deveria ser mais para Lavoisier: “nada se cria, nada se perde, tudo se transforma” ou para Chacrinha: “nada se cria, tudo se copia”? Transformar/ aprimorar ou copiar, eis a questão!
Deixa então eu explicar meu ponto de vista. Muita gente se sente enfeitiçada pelo projeto perfeito e daí acha que aquele projeto também pode ser perfeito para sua empresa, mas não se atenta que são outras variáveis, outra realidade, outra cultura e outro momento. E daí já era. Copia e até adota os mesmos índices de retorno esperados. Vale pra empresa, vale pra vida: o que é bom pra mim, não necessariamente deve ser bom pra você, mas pode inspirar. O benchmark deveria habitar no campo das inspirações.
Inspiração é quando você aprende algo, cria repertório, passa a enxergar as coisas de outra forma e entende que pode fazer algo melhor. É algo que lhe transforma, fonte de boas coisas. É quando algo é tão bacana, tão bacana e que passa a ser referência.
O benchmarking deve ser uma etapa do caminho. É o momento que você está na busca das novas ideias. É meio e não fim. É inspiração e não cópia.
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