25 de janeiro de 2017

O que você precisa saber sobre recrutamento de talentos em 2017

O Linkedin produziu e distribuiu resultados da pesquisa “Tendências de recrutamento Brasil 2017” no final do ano passado. Foram entrevistados 331 decisores de atração de talentos em departamentos de RH, com nível de gerência ou mais alto, e com algum grau de participação nas decisões sobre orçamentos para soluções de recrutamento. Os entrevistados da pesquisa são usuários do LinkedIn selecionados com base nos seus dados de perfil e contatados por e-mail em mais de 15 países distintos. O trabalho traz alguns indicadores relevantes para se conseguir formar a melhor equipe possível, inclusive aproveitando profissionais disponíveis por conta da crise.

 

Os cinco pontos principais levantados foram:

  1. A atração de talentos é um tema muito importante para os executivos. Líderes em talentos acreditam que seu departamento ajuda a definir o futuro da empresa. No Brasil, mais de 83% afirmam que talentos são a principal prioridade em sua organização.
  2. As equipes de recrutamento terão ainda mais trabalho este ano, e focarão na qualidade das contratações. 40% dos líderes dizem que o volume de contratações de sua equipe aumentará e, para medirem o sucesso, eles estão se concentrando na satisfação dos gestores de contratações e no tempo em que novos contratados permanecem na empresa.
  3. Mesmo investindo em táticas tradicionais de recrutamento, a maioria das equipes têm a marca empregadora e as melhores ferramentas de aquisição de talentos no alto de sua lista de desejos. Embora aproximadamente 59% dos orçamentos de recrutamento sejam gastos em sites de empregos, ferramentas de recrutamento e agências de emprego, os líderes de talentos identificam melhores ferramentas de aquisição de talentos (47%) e marca empregadora (45%) como as duas áreas principais em que poderiam investir mais.
  4. A marca empregadora é fundamental para atrair a atenção dos candidatos, especialmente quando o foco é a cultura da empresa e o avanço profissional. Mais de 73% dos líderes reconhecem que a marca empregadora tem um impacto considerável na contratação de talentos. Os candidatos revelam que as empresas atraem mais seu interesse quando elas falam sobre a sua cultura, visão e benefícios.
  5. Avaliação de competências interpessoais, alavancagem da missão da empresa para atrair os melhores talentos e diversidade de candidatos são as tendências que definem o futuro do recrutamento.

 

OUTROS RESULTADOS – Em termos de métricas de desempenho, os recrutadores tendem a se concentrar naquelas com um impacto duradouro sobre os negócios. Isso é especialmente verdadeiro no Brasil, onde os recrutadores dão mais atenção aos parâmetros relacionados às contratações (como a satisfação do gestor de contratações e o tempo que novos contratados permanecem na empresa) do que no resto do mundo, onde o tempo de contratação ainda está entre as duas maiores métricas.

 

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As estatísticas abaixo ilustram o aumento e a importância das indicações de funcionários, especialmente no Brasil. Não surpreende que um número cada vez maior de empresas esteja começando a desenvolver fortes programas de indicação, uma vez que funcionários indicados são mais rápidos de contratar, têm melhor desempenho e permanecem mais tempo na empresa.

 

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Se os orçamentos não fossem problema para as equipes, a maioria dos líderes priorizaria investimentos em movimentos estratégicos de longo prazo, como branding, ferramentas, experiência dos candidatos e aumento de competências de suas equipes, ao invés de priorizar as necessidades de curto prazo atuais. Veja abaixo uma lista com grandes apostas a se explorar em 2017.

 

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A maioria das equipes gasta apenas uma pequena parcela de seus orçamentos com a marca empregadora. Ainda assim, as estatísticas mostram que os líderes acreditam imensamente em sua importância. Uma razão para este paradoxo é a dificuldade em se medir o ROI da marca empregadora, pois a maioria das equipes não consegue correlacionar uma forte fonte de candidatos e seus esforços de branding. 73% dos gerentes de atração de talentos no Brasil concordam que sua marca empregadora tem um impacto significativo na capacidade de contratar ótimos talentos.

Os candidatos e os recrutadores estão em sintonia: a cultura da empresa é fundamental para se diferenciar de outros empregadores. Entretanto, além da cultura, os candidatos estão mais interessados em conhecer a visão da empresa no longo prazo e suas vantagens e benefícios, mais até que sua reputação. A maioria das empresas gera reconhecimento através do seu próprio site e do LinkedIn. Medir a eficácia desses esforços traz um desafio maior. Além de dados sobre o site e das redes sociais, as equipes mais criativas buscam analisar dados de pesquisas internas e prêmios de melhor empregador.

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Rodrigo Cogo

Rodrigo Cogo é o curador do Sinapse Conteúdos de Comunicação em Rede e responsável pela distribuição digital dos canais integrantes da plataforma. Formado em Relações Públicas pela Universidade Federal de Santa Maria, é especialista em Gestão Estratégica da Comunicação Organizacional e Mestre em Ciências da Comunicação, com estudos voltados para a Memória Empresarial e Storytelling, ambos pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (SP). Atuou na Aberje por 14 anos, passando pelas áreas de Conteúdo, Marketing e Desenvolvimento Associativo e tendo sido professor em cursos livres e in company e no MBA da entidade por 10 anos. É autor do livro "Storytelling: as narrativas da memória na estratégia da comunicação".

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