24 de abril de 2017

Blog do Presidente.

Blogs ou microblogs como um Twitter precisam fazer parte de uma linha estratégica coerente com outras ações e também estarem alinhados com a identidade da marca, o segmento de atuação e do negócio, os objetivos de comunicação e as metas almejadas pela empresa. O pior dos mundos é sempre o de ir olhar a concorrência para copiar as soluções dos outros.

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Os blogs se multiplicaram e proliferaram em número de páginas e conteúdos graças à facilidade tecnológica. Percebidos como um diário virtual e um espaço pessoal para a publicação de opiniões sobre determinados temas específicos, os blogs surgem e morrem como um…espasmo. Cada CEO tem seu jeito de liderar e pode utilizar ou não esse formato para ampliar sua comunicação com a sociedade ou simplesmente ter um foco voltado exclusivamente para os empregados. O fato é que a proposta continua atual, mas o sucesso de um modelo depende do estilo do líder do momento e da cultura da organização.

Os blogs ajudam a costurar vínculos, formar opiniões e são fáceis de serem monitorados. A opinião aberta e direta de um presidente esclarece e direciona a empresa, influencia a cultura, acalma ânimos e tranquiliza as pessoas. Sua dinâmica de compartilhamento de ideias e conhecimentos em tempos de bonança ou de prestação de contas e esclarecimentos em momentos de crise (verdadeiras oportunidades para a criação de novas práticas de comunicação) deveria ser utilizada de forma planejada, dentro de uma proposta mais ampla de transparência e construção de relacionamentos com determinados stakeholders – o que pode ser feito a partir da escolha de temas específicos. Os blogs corporativos escritos diretamente pelo CEO ou em formatos coletivos divididos em publicações pelo conjunto de membros do diretoria não funcionam isolados do mix de comunicação integrada, interna e externa.

Blogs ou microblogs precisam fazer parte de uma linha estratégica coerente com outras ações e também estarem alinhados com a identidade da marca, o segmento de atuação e do negócio, os objetivos de comunicação e as metas almejadas pela empresa. O pior dos mundos é sempre o de ir olhar a concorrência para copiar as soluções dos outros. O que pode dar certo num ambiente corporativo pode dar errado em outro e o benchmarking não traz garantia nenhuma, apenas informações para serem analisadas. O sucesso de um modelo numa determinada companhia não é sinônimo de êxito em outra. O mais importante é pensar estrategicamente a comunicação. O CEO e os leitores agradecem!

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Luiz Antônio Gaulia

Jornalista. Mestre em Comunicação Social pela PUC-Rio. Especialista em Comunicação Empresarial pela Syracuse University/Aberje. Pós-graduado em Marketing e em Comunicação Jornalística. Ex-Gerente de Comunicação da CSN - Cia. Siderúrgica Nacional e da Alunorte (PA). Atuou no O Boticário e no Grupo Votorantim. Realizou projetos de comunicação corporativa e sustentabilidade para a VALE, a Light, Petrobras, Ajinomoto e Norsul. Foi Gerente de Comunicação Corporativa e Sustentabilidade do Grupo Estácio. É Diretor da Race Comunicação e professor da FGV Rio e da ESPM SP.

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