
O relatório “State of Workplace Empathy” da Businessolver explora o estado da empatia no ambiente de trabalho, investigando a saúde mental dos empregados e CEOs e o aumento da toxicidade no local de trabalho. Destaca uma lacuna entre a valorização da empatia e sua efetiva aplicação, evidenciando que muitos CEOs sofrem de burnout e que persistem estigmas em torno da saúde mental. O estudo também revela que os empregados priorizam a flexibilidade como um benefício fundamental, mesmo acima da compensação, e aponta para a necessidade de estratégias para implementar a empatia de forma mais eficaz nas organizações.
A seguir, você tem um resumo de cada tópico.
State of Workplace Empathy: empathy under pressure
O argumento central revela um cenário complexo onde, apesar de amplamente valorizada, a empatia no ambiente de trabalho encontra-se sob significativa pressão, resultando em uma lacuna preocupante entre intenção e execução.
O estudo aponta para um aumento nos desafios de saúde mental tanto entre CEOs (com um salto de 24%) quanto entre os empregados. Paralelamente, observa-se uma ascensão da toxicidade no ambiente de trabalho, com mais da metade dos CEOs e da Geração Z concordando que seus locais de trabalho são tóxicos. Essa conjunção de fatores contribui para um esgotamento da “copa da empatia”, dificultando a capacidade de indivíduos e organizações demonstrarem compreensão e consideração pelas perspectivas alheias.
Um dos achados mais relevantes é a discrepância de percepção sobre a empatia, especialmente entre CEOs e empregados, com uma diferença de 23% na forma como cada grupo avalia o nível de empatia do outro. Essa lacuna sugere uma falta de entendimento mútuo e de reconhecimento das demonstrações de empatia. Além disso, o estudo identifica um estigma associado à demonstração de empatia, com CEOs temendo serem vistos como fracos ou desafiados se a utilizarem.
Apesar do reconhecimento da importância da empatia por grande parte dos entrevistados, a maioria não a vivencia em suas interações diárias. As organizações lutam para implementar uma estratégia clara para fomentar uma cultura empática, dada a natureza desafiadora e multifacetada do conceito. A pesquisa também destaca que a compreensão da empatia vai além da mera gentileza, abrangendo aspectos como flexibilidade no trabalho, desenvolvimento de carreira e inclusão.
Pouring from an Empty Empathy Cup: mental health, workplace toxicity, and benefits
Este tópico trata da íntima ligação entre a exaustão da capacidade empática e os crescentes desafios de saúde mental e toxicidade no ambiente de trabalho. O relatório aponta para números alarmantes de problemas de saúde mental, afetando metade dos empregados e uma maioria ainda maior de CEOs. Este aumento, notavelmente entre CEOs, coincide com uma ascensão da percepção de toxicidade no local de trabalho, compartilhada por mais da metade dos CEOs e da Geração Z.
A pesquisa estabelece uma correlação significativa entre a toxicidade percebida e a probabilidade de vivenciar problemas de saúde mental. Ambientes de trabalho tóxicos, onde o medo se instala, drenam a energia dos colaboradores e dificultam a manifestação da empatia. Paralelamente, o estudo revela que, apesar do reconhecimento da importância da saúde mental e da oferta de alguns benefícios, existe uma subutilização considerável desses recursos. Lacunas expressivas entre a importância atribuída aos benefícios de saúde mental, o conhecimento sobre sua disponibilidade e sua efetiva utilização persistem.
A persistência de um estigma em torno da saúde mental contribui para essa subutilização e para a relutância em buscar apoio. A pesquisa enfatiza a necessidade de criar um ambiente de trabalho aberto e seguro, onde a discussão sobre saúde mental seja incentivada pela liderança. Além disso, a flexibilidade no trabalho emerge como um benefício central para a saúde mental, sendo altamente valorizada pelos empregados.
Workplace Toxicity rises alongside mental health issues
Aqui o foco é na demonstração de uma crescente percepção de toxicidade nos ambientes de trabalho, que caminha lado a lado com a deterioração da saúde mental dos colaboradores. O relatório revela que uma parcela significativa de CEOs e empregados considera seus locais de trabalho tóxicos, com a Geração Z e os CEOs liderando essa percepção. Curiosamente, trabalhadores remotos tendem a perceber menos toxicidade em comparação com aqueles em modelos presenciais ou híbridos.
Um ponto levantado é a forte associação entre a percepção de toxicidade e o estigma em relação à saúde mental. Aqueles que consideram seus locais de trabalho tóxicos são significativamente mais propensos a concordar que problemas de saúde mental são vistos como sinal de fraqueza ou um fardo. Essa dinâmica é reforçada pela observação de que a incidência de problemas de saúde mental é consideravelmente maior entre empregados e CEOs que atuam em ambientes percebidos como tóxicos. A psicóloga organizacional Mindy Shoss aponta que o cerne da toxicidade no trabalho é o medo, que drena a energia e o entusiasmo dos empregados.
Ademais, o estudo indica que os respondentes que vivenciam culturas organizacionais tóxicas são mais propensos a defender uma evolução da empatia dentro de suas organizações. Em suma, o argumento central desta seção é que a crescente toxicidade no ambiente de trabalho não apenas prejudica o bem-estar emocional dos colaboradores, mas também exacerba o estigma em torno da saúde mental e impulsiona a necessidade urgente de uma transformação cultural focada na empatia. A identificação dessa intrínseca ligação é fundamental para que as organizações possam implementar estratégias eficazes de promoção da saúde mental e da construção de ambientes de trabalho mais saudáveis e empáticos.
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