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29 de outubro de 2025

Às vésperas da COP 30: Cultura e Amazônia como Futuro

Paulo Nassar
 
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A Cultura como Força Climática

Às vésperas da COP 30, que será realizada em Belém, dois documentos estratégicos mudam silenciosamente o eixo da conversa sobre o futuro da Amazônia e, talvez, do próprio planeta: o Guia “Cultura, Sustentabilidade e Mudanças Climáticas: das Ideias à Ação” e o Caderno Orientador de Mensuração de Impacto de Projetos Culturais, ambos elaborados sob a liderança de Ursula Vidal e da Secretaria de Cultura do Pará, em parceria com o Consórcio Interestadual da Amazônia Legal e a Fundação Itaú.

Mais que publicações técnicas, são manifestos políticos e poéticos sobre o papel da cultura como energia simbólica da sustentabilidade. O Guia propõe que a cultura é um recurso vital para enfrentar a crise climática, reunindo artes, saberes tradicionais, patrimônio e economia criativa em torno da regeneração da vida amazônica. Já o Caderno ensina como medir, narrar e comunicar os impactos culturais e ambientais dos projetos locais, criando um novo alfabeto de legitimidade e evidência para produtores culturais e gestores públicos.

A Virada Amazônica: Cultura, Território e Futuro

Esses documentos surgem num momento histórico. A Amazônia não é mais vista apenas como floresta, mas como sistema vivo de cidades, rios, pessoas e linguagens. Segundo o Guia, cerca de 70% da população amazônica vive em áreas urbanas — e nelas a cultura pulsa como ponte entre ancestralidade e inovação, tradição e tecnologia, espiritualidade e política.

O que está em jogo não é apenas proteger árvores, mas salvar formas de viver, imaginar e sentir o mundo. Nesse sentido, o Guia e o Caderno devolvem aos produtores culturais da Amazônia algo que lhes foi negado por séculos: o direito de narrar a si mesmos como protagonistas do desenvolvimento sustentável, e não como figurantes da floresta exótica descrita por olhares de fora.

Eles afirmam que a cultura amazônica não é ornamento do desenvolvimento — é sua espinha dorsal simbólica e ética.

Os Produtores Culturais como Agentes Climáticos

A maior contribuição dos dois documentos talvez seja a reconfiguração do papel dos produtores culturais. Eles deixam de ser apenas beneficiários de editais e passam a ser agentes de transformação climática e social, com capacidade de medir, planejar e demonstrar o impacto de suas ações nos territórios, nas comunidades e no meio ambiente.

O Caderno Orientador propõe que cada projeto cultural seja também uma ação climática mensurável, alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Isso inaugura uma pedagogia inédita: o produtor cultural amazônico torna-se mediador entre o conhecimento local e as políticas globais, articulando práticas comunitárias, inovação e sustentabilidade.

Uma Diplomacia Cultural para o Clima

Essas iniciativas antecipam uma nova forma de diplomacia para a Amazônia: a diplomacia cultural. Enquanto a geopolítica ainda negocia em megawatts e hectares, a cultura amazônica oferece outra medida de valor, o pertencimento. O Guia mostra que é possível enfrentar a emergência climática não apenas com ciência e tecnologia, mas também com arte, narrativa e imaginação social.

Ao incorporar a linguagem da cultura nas políticas climáticas, Ursula Vidal e sua equipe estão construindo algo inédito: um protocolo amazônico de sensibilidade e regeneração, onde o gesto artístico é também gesto político e ecológico.

Às Vésperas da COP 30

Quando as delegações internacionais desembarcarem em Belém, em 2025, verão uma Amazônia que fala outra língua — a da cultura como política climática. Esses dois documentos serão o pano de fundo invisível de muitas conversas e negociações. Eles mostram que o combate à crise ambiental começa na imaginação coletiva, e que a Amazônia, longe de ser um problema a resolver, é uma escola de convivência planetária.

Mais do que técnicas, o Guia e o Caderno são convites: a repensar o que chamamos de desenvolvimento; a reencantar a política pública; a recolocar o humano — diverso, poético, comunitário — no centro da ação climática.

Se a COP 30 promete um novo pacto para o planeta, o Pará já entregou seu ensaio: uma Amazônia que ensina o mundo a viver com o planeta, e não apenas sobre ele.

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Paulo Nassar

Diretor-presidente da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje); professor titular da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP); doutor e mestre pela ECA-USP. É coordenador do Grupo de Estudos de Novas Narrativas (GENN), da ECA-USP e pesquisados no campo da interface entre Comunicação e Antropologia. Docente de mestrado e doutorado (PPGCOM ECA-USP) desde 2006, onde ministra, juntamento com o Prof. Dr. Luiz Alberto de Farias, a disciplina stricto sensu “Memórias Rituais, Narrativas da Experiência”. Pesquisador da British Academy (University of Liverpool) – 2016-2017. Entre outras premiações, recebeu o Atlas Award, concedido pela Public Relations Society of America (PRSA, Estados Unidos), por contribuições às práticas de relações públicas, e o prêmio Comunicador do Ano (Trajetória de Vida), concedido pela FundaCom (Espanha). É coautor dos livros: Communicating Causes: Strategic Public Relations for the Non-profit Sector (Routledge, Reino Unido, 2018); The Handbook of Financial Communication and Investor Relation (Wiley-Blackwell, Nova Jersey, 2018); O que É Comunicação Empresarial (Brasiliense, 1995); e Narrativas Mediáticas e Comunicação – Construção da Memória como Processo de Identidade Organizacional (Coimbra University Press, Portugal, 2018).

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