06 de abril de 2020

Trendwatching fala nas 10 tendências do mundo depois do Covid-19

Em tempos de pandemia surgem sinais, mudanças nos comportamentos que aceleram em massa e que obrigam a repensar os modelos das organizações. A plataforma Trendwatching avança com 10 tendências, em diferentes indústrias, que vão crescer radicalmente por influência direta do coronavírus.

Se algumas das tendências pareciam longe de se tornarem mainstream num curto espaço de tempo, o vírus que nos levou ao isolamento, parece agora torná-las em comportamentos normais, numa questão de meses ou semanas. Sinal do que vamos valorizar num mundo pós-coronavírus.

1- VIRTUAL EXPERIENCE ECONOMY – Já vivíamos na chamada “Economia das Experiências”, mas agora passará a ser virtual e imersiva. Com festivais e campeonatos de futebol cancelados e espaços como museus encerrados, o vazio na vida das pessoas será interrompido através da tecnologia. No domínio virtual, as redes sociais e os esports eram até hoje sinais da nossa presença e status social, mas vamos ver um aumento das experiências virtuais em setores como o turismo e o retalho.

2 – SHOPSTREAMING – O comércio eletrónico funde-se com as transmissões ao vivo e deverá ser a nova realidade das compras online: interativas, experimentais e em tempo real. Foi o que aconteceu no mercado chinês no pico da epidemia – o crescimento do mercado live streaming, numa mistura de entretenimento, comunidade e comércio, o certo é que o comércio eletrónico irá mudar.

3 – VIRTUAL COMPANIONS – À medida que nos vamos habituando a assistentes digitais e chatbots, crescem as nossas expectativas. Vamos começar a procurar companhias virtuais personalizadas que nos possam entreter, educar, curar e até com quem criamos amizade.

4 – AMBIENT WELLNESS – Os dias são de novos hábitos de higiene em especial no cuidado com a desinfeção das mãos, e mesmo depois da crise que se vive em termos de saúde pública, vamos continuar a querer esse sentimento de segurança. Uma oportunidade de negócio para todos os que incorporem essa ideia nos seus espaços físicos, viver em ambientes saudáveis vai passar a ser uma das prioridades dos consumidores.

5 – M2P (MENTOR TO PROTÉGÉ) – O eterno desejo humano de ter mais conhecimento. Com o número de horas que passamos on-line a aumentar com o isolamento, vai nascer a vontade de se usar parte desse tempo de forma mais produtiva, e vamos assistir ao boom de plataformas que nos ligam a professores, especialistas e mentores para ganharmos novos skills.

6 – A-COMMERCE – A inteligência artificial liga-se ao comércio e vai crescer a procura de interação sem contacto, convergindo com os avanços da robótica. É a chegada de uma nova geração de comércio automatizado.

7 – THE BURNOUT – Ainda antes desta crise global provocada pelo coronavírus, já vivíamos em clima de medo e angústia de uma crise económica, pressionados por uma competição social permanente, com a preocupação com a questão do clima. O vírus acrescenta angústia mental a todos nós, pelo que, vamos receber de braços abertos todos os negócios que possam melhorar o nosso bem-estar mental.

8 – OPEN SOURCE SOLUTIONS – Chamam-lhe “uma nova e ousada fronteira para a sustentabilidade”, quando se partilha e distribui soluções inovadoras para problemas difíceis. O coronavírus deixa-nos a pensar que as melhores empresas são aquelas que colaboram generosamente umas com as outras e com outras pessoas.

9 – ASSISTED DEVELOPMENT – Será um dos resultados do tempo que passámos em casa em isolamento. Muitos de nós vamos procurar skills que muitas vezes nos esquecemos com a corrida do dia-a-dia, como cozinhar para nós próprios. É verdade que irá continuar a crescer a economia do on-demand, mas ao mesmo tempo, quando a crise passar, alguns de nós iremos descobrir o que gostamos realmente de fazer em casa.

10 – VIRTUAL STATUS SYMBOLS – De acordo com a investigação da plataforma especialista em tendências, somos uma sociedade obcecada com o status. Os tempos passaram a ser de bens virtuais, com as novas tecnologias (AR e blockchain…), com o crescente desejo de um consumo mais sustentável e com este isolamento forçado, o reconhecimento dos bens virtuais afirma-se como um símbolo de status genuíno em diferentes industrias e geografias. E não será apenas entre os jovens consumidores e os videogamers.

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Rodrigo Cogo

Rodrigo Cogo é o curador do Sinapse Conteúdos de Comunicação em Rede e responsável pela distribuição digital dos canais integrantes da plataforma. Formado em Relações Públicas pela Universidade Federal de Santa Maria, é especialista em Gestão Estratégica da Comunicação Organizacional e Mestre em Ciências da Comunicação, com estudos voltados para a Memória Empresarial e Storytelling, ambos pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (SP). Atuou na Aberje por 14 anos, passando pelas áreas de Conteúdo, Marketing e Desenvolvimento Associativo e tendo sido professor em cursos livres e in company e no MBA da entidade por 10 anos. É autor do livro "Storytelling: as narrativas da memória na estratégia da comunicação".

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