14 de outubro de 2022
BLOG Sinapse

Qual o poder e a influência das gerações na sociedade?

 

Capa do relatório Gerational Power Index

No novo relatório anual Gerational Power Index (GPI) da Visual Capitalist, apresenta-se uma tentativa de quantificar quanta influência sobre a sociedade é mantida pelas gerações nos domínios específicos da economia, política e cultura.

Trata-se de um instantâneo sobre quem tem poder e influência e como cada grupo os manejam. À medida que as novas gerações assumem posições de poder, eles começam a moldar a sociedade para que ela se adapte a sua visão de mundo única e coletiva.

O estudo traz percentuais e comportamentos em cada subtema para permitir uma reflexão relevante sobre a equipe que você integra, o perfil dos seus clientes ou fornecedores, a interrelação com integrantes da imprensa ou do governo, à luz destes aprendizados.

O poder geral é calculado combinando dados de todas as três categorias cobertas – Poder Econômico, Político e Cultural. Com 38,6% do Poder Geral, os Baby Boomers são o recorte mais influente. Aqueles classificados como Baby Boomers são os pesos mais pesados com o maior Poder Econômico e Político. Já a Geração X surge como a mais poderosa na esfera cultural.

SILENT GENERATION – atingiu a idade adulta entre 1946 e 1963 e cresceu à sombra da Grande Depressão e da Segunda Guerra Mundial. Foi um período de muitas e rápidas mudanças na sociedade, mas em geral os padrões de vida estavam subindo, o consumismo tomou conta e os subúrbios começaram a se expandir. Hoje, estão em seus anos dourados, com os membros mais jovens atingindo a idade de aposentadoria.

BABY BOOMERS – nascidos entre 1946 e 1964, são talvez o corte geracional mais claramente delineada. Eles nasceram no período após a Segunda Guerra Mundial, uma época que promoveu um otimismo renovado na vida familiar e um aumento significativo na taxa de natalidade. Viram o lançamento da mídia de massa em escala global, dando-lhes acesso a perspectivas nunca vistas, e mesmo antes disso passaram por período de acumulação ininterrupta de riqueza pós-guerra.

X GENERATION – grupo que cresceu com punk rock, hip-hop inicial e grunge, tendo testemunhado a revolução da computação pessoal. O individualismo é uma característica definidora e deram origem a negócios como Google, Amazon, YouTube, PayPal, Tesla e outras empresas icônicas. No GPI, tem 30,4% do poder geral.

MILLENNIALS – às vezes conhecidos como “Gen Y”, são os nascidos entre 1981 e 1996. Muitos deles estão agora se tornando pais da Geração Alfa. Eles são os primeiros nativos digitais e seus primeiros anos de vida foram moldados em parte pela ascensão da internet, mídias sociais e smartphones. Além da disrupção tecnológica, enfrentaram turbulências econômicas que prejudicaram acúmulo de patrimônio. Esse segmento da população domina a parcela de plataformas digitais da categoria Cultura.

GEN Z – nascida entre 1997 e 2012, é a mais nova geração da força de trabalho. São mais conservadores, mais orientados para o dinheiro, mais empreendedores e pragmáticos. É a geração mais diversificada e com mais conhecimento digital – o que a torna mais global e menos fechada a idiossincrasias de países.

ALPHA – pela primeira vez é trazida uma nova geração – a Alpha ou Gen Alpha, nascida a partir de 2013 e filhos dos Millennials. Por questões notadamente etárias, ela é inexpressiva para o índice de poder, mas já merece atenção. Estima-se que será o grupo mais diversificado e experiente em tecnologia até agora. No entanto, há muito mais perguntas do que respostas sobre suas futuras definições de vida. Com sua vivência na pandemia do COVID-19 e seus efeitos posteriores, o desenvolvimento de mentes jovens foi impactado e moldará sua visão de mundo e sobre como buscará oportunidades em um futuro local de trabalho que será cada vez mais moldado por IA, trabalho remoto e automação.

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* Como é o primeiro post do blog Sinapse, vale aqui referir que o espaço vai estar dedicado a trazer os principais insights vindos de pesquisas, estudos, artigos e e-books disponibilizados no mercado internacional. Vou atuar como curador dos conteúdos, tanto oferecendo meu próprio olhar (a partir do que entreguei aos assinantes na agenda do Sinapse Conteúdos de Comunicação em Rede) quanto trazendo convidados-autores para falarem sobre seus trabalhos de investigação, mapeamento e/ou diagnóstico de fenômenos econômicos, políticos, culturais e sociais – fundamentalmente sob o lugar de fala da Comunicação, do Marketing e de disciplinas correlatas. Profissionais, notadamente gestores, de todos os segmentos poderão ter um canal aliado para facilitar sua tomada de decisão, qualificar seus argumentos e também organizar ideias para suas apresentações de board, aulas e palestras.

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Rodrigo Cogo

Rodrigo Cogo é o curador do Sinapse Conteúdos de Comunicação em Rede e responsável pela distribuição digital dos canais integrantes da plataforma. Formado em Relações Públicas pela Universidade Federal de Santa Maria, é especialista em Gestão Estratégica da Comunicação Organizacional e Mestre em Ciências da Comunicação, com estudos voltados para a Memória Empresarial e Storytelling, ambos pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (SP). Atuou na Aberje por 14 anos, passando pelas áreas de Conteúdo, Marketing e Desenvolvimento Associativo e tendo sido professor em cursos livres e in company e no MBA da entidade por 10 anos. É autor do livro "Storytelling: as narrativas da memória na estratégia da comunicação".

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