27 de fevereiro de 2025
BLOG Sinapse

E em 2025, o que acontece com o storytelling?

 

Para quem duvida da presença forte do storytelling na estratégia narrativa das corporações para 2025, num movimento que começou 25 anos atrás de maneira mais incisiva (ano da publicação do grande livro “O Poder das Narrativas nas Organizações”, de Stephen Denning), é só ver o que aparece em vários relatórios de tendências já publicados e em distribuição gradativa neste primeiro trimestre.

A análise dos documentos revela que o storytelling continua sendo uma ferramenta central nas estratégias de comunicação e marketing, com diversas aplicações e relevâncias apontadas. Aqui estão os principais insights sobre o tema e por que ele se destaca neste ano, na visão das análises de especialistas:

  1. Storytelling como Diferencial Competitivo

O storytelling é reconhecido como um meio poderoso de criar diferenciação e conexão emocional com o público. Em um mercado saturado de informações, histórias bem contadas ajudam as marcas a se destacarem ao promover narrativas autênticas que ressoam com os valores e aspirações dos consumidores. Isso é especialmente importante em setores como o de alimentos e moda, que dependem de vínculos emocionais para fidelizar clientes.

2. Alinhamento com Propósitos e ESG

As narrativas focadas em propósitos e sustentabilidade são apontadas como essenciais para reforçar os compromissos das marcas com práticas ESG. Storytelling permite que as empresas comuniquem ações concretas de forma envolvente, tornando mais palpáveis os esforços em questões como impacto ambiental e diversidade.

3. Adaptação às Plataformas Digitais

Com a fragmentação das audiências, o storytelling está sendo adaptado para diferentes formatos e plataformas digitais. As marcas agora criam narrativas específicas para mídias sociais, utilizando elementos visuais e textuais que geram engajamento em redes como Instagram e TikTok.

4. Ampliação da Cocriação

A participação ativa de consumidores na construção de histórias de marca é uma tendência crescente. Estratégias que envolvem influenciadores e comunidades na narrativa fortalecem a autenticidade e ajudam a construir relações mais significativas.

5. Integração com Tecnologia e IA

Ferramentas de inteligência artificial estão sendo utilizadas para personalizar histórias, tornando-as mais relevantes para públicos específicos. Isso inclui desde chatbots que usam storytelling para melhorar o atendimento até conteúdos personalizados em e-commerce.

6. Fortalecimento de Marcas Globais

Marcas multinacionais utilizam storytelling para integrar suas mensagens a diferentes culturas e contextos regionais, garantindo que suas histórias ressoem globalmente, mas com relevância local.

7. Impacto no Longo Prazo

Ao contar histórias que promovem valores duradouros, o storytelling ajuda na construção da reputação corporativa e no fortalecimento do vínculo com stakeholders. Essa abordagem é estratégica para CMOs que equilibram a performance imediata e a imagem de longo prazo.

8. Storytelling e Dados

A integração de insights de dados nas narrativas permite criar histórias baseadas em realidades concretas, aumentando sua eficácia. Isso é particularmente importante no marketing orientado por performance, onde os dados informam e validam os resultados das campanhas.

9. Relevância no Marketing de Conteúdo

Projetos de storytelling têm sido usados em blogs corporativos, vídeos e podcasts para educar e entreter os públicos-alvo, reforçando a autoridade e expertise das marcas em seus setores.

10. Impacto Cultural

Narrativas que refletem temas culturais e sociais emergentes fortalecem a relevância da marca e criam conexões mais profundas. Em 2025, espera-se um crescimento de histórias que abordam diversidade, inclusão e transformação social.

Estas frentes apontam que o storytelling é mais do que uma técnica de comunicação; ele é uma estratégia de construção de valor e engajamento.

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Rodrigo Cogo

Rodrigo Cogo é o curador do Sinapse Conteúdos de Comunicação em Rede e responsável pela distribuição digital dos canais integrantes da plataforma. Formado em Relações Públicas pela Universidade Federal de Santa Maria, é especialista em Gestão Estratégica da Comunicação Organizacional e Mestre em Ciências da Comunicação, com estudos voltados para a Memória Empresarial e Storytelling, ambos pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (SP). Atuou na Aberje por 14 anos, passando pelas áreas de Conteúdo, Marketing e Desenvolvimento Associativo e tendo sido professor em cursos livres e in company e no MBA da entidade por 10 anos. É autor do livro "Storytelling: as narrativas da memória na estratégia da comunicação".

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