05 de novembro de 2019

Conheça as cinco tendências do Gartner Hype Cycle para tecnologias emergentes

Hoje as empresas detectam fraudes de seguros usando uma combinação de análise de reclamações, programas de computador e investigadores particulares. O FBI estima que o custo total da fraude de seguros não relacionados à saúde seja de cerca de US $ 40 bilhões por ano. Mas uma tecnologia emergente chamada inteligência artificial da emoção (IA) pode tornar possível detectar fraudes de seguros com base na análise de áudio do chamador.


Além de detectar fraudes, essa tecnologia pode melhorar a experiência do cliente, rastreando a felicidade, direcionando os chamadores com mais precisão, permitindo melhores diagnósticos para demência, detectando motoristas distraídos e até adaptando a educação ao estado emocional atual do aluno. Embora ainda seja relativamente nova, a IA da emoção é uma das 21 novas tecnologias adicionadas ao Gartner Hype Cycle for Emerging Technologies, 2019.

 

 

O ciclo Hype de 2019 destaca as tecnologias emergentes com impacto significativo nos negócios, na sociedade e nas pessoas nos próximos cinco a 10 anos. A inovação tecnológica é a chave para a diferenciação competitiva e está transformando muitos setores. As tecnologias emergentes deste ano se enquadram em cinco grandes tendências: detecção e mobilidade, humanos aumentados, computação e comunicações pós-clássicas, ecossistemas digitais e IA e análises avançadas.

 

Detecção e mobilidade Essa tendência apresenta tecnologias com mobilidade cada vez mais habilitada e a capacidade de manipular objetos ao seu redor, incluindo câmeras com detecção 3D e direção autônoma mais avançada. À medida em que os sensores e a IA evoluem, os robôs autônomos ganharão uma melhor percepção do mundo ao seu redor. Por exemplo, tecnologias emergentes, como drones de entrega de carga leve (voando e com rodas), serão mais capazes de navegar em situações e manipular objetos. Atualmente, esta tecnologia é dificultada por regulamentos, mas sua funcionalidade continua continuando a avançar. À medida em que a tecnologia de detecção continua a evoluir, ela ajudará tecnologias mais avançadas, como a Internet das Coisas (IoT). Esses sensores também coletam dados abundantes, o que pode levar a insights aplicáveis ​​a vários cenários e setores. Outras tecnologias nessa tendência incluem: nuvem AR, níveis de condução autônomos e veículos autônomos voadores.


Humano aumentado As tecnologias humanas aumentadas melhoram as partes cognitivas e físicas do corpo humano, incluindo tecnologias como biochips e IA de emoções. Alguns fornecerão “capacidades sobre-humanas” – por exemplo, um braço protético que excede a força de um braço humano – enquanto outros criarão uma pele robótica que é tão sensível ao toque quanto a pele humana. Essas tecnologias também acabarão por proporcionar uma experiência mais integrada que melhora a saúde, a inteligência e a força dos seres humanos.
Outras tecnologias nessa tendência incluem: Personificação, inteligência aumentada, espaço de trabalho imersivo e biotecnologia (tecido cultivado ou artificial).

 

Computação pós-clássica e comunicações A computação clássica ou binária, que usa bits binários, evoluiu fazendo alterações nas arquiteturas tradicionais existentes. Essas mudanças resultaram em CPUs mais rápidas, memória mais densa e aumento da taxa de transferência. Cálculos e comunicações pós-clássicos estão usando arquiteturas inteiramente novas, bem como avanços incrementais. Isso inclui o 5G, os padrões celulares de última geração, que possuem uma nova arquitetura que inclui fatias de núcleo e borda sem fio. Esses avanços permitem que os satélites com baixa órbita terrestre (LEO) operem em altitudes muito mais baixas, cerca de 1.200 milhas ou menos, do que os sistemas geoestacionários tradicionais, a cerca de 22.000 milhas. O resultado são serviços globais de rede de voz e dados em banda larga ou banda estreita, incluindo áreas com pouca ou nenhuma cobertura terrestre ou por satélite existente.
As tecnologias desta tendência incluem: Memória de próxima geração e impressão 3D em nanoescala.

 

 


Ecossistemas digitais Os ecossistemas digitais são conexões semelhantes à Web entre atores (empresas, pessoas e coisas) que compartilham uma plataforma digital. Esses ecossistemas desenvolvidos à medida que a digitalização transformou as cadeias de valor tradicionais, permitindo conexões dinâmicas e mais perfeitas com uma variedade de agentes e entidades em diferentes regiões e indústrias. No futuro, incluirão organizações autônomas descentralizadas (DAOs), que operam independentemente dos seres humanos e dependem de contratos inteligentes. Esses ecossistemas digitais estão em constante evolução e conexão, resultando em novos produtos e oportunidades.

Outras tecnologias nessa tendência incluem: DigitalOps, gráficos de conhecimento, dados sintéticos e Web descentralizada.


IA e análises avançadas A análise avançada é o exame autônomo ou semi-autônomo de dados ou conteúdo usando ferramentas sofisticadas além das informações tradicionais de negócios. Esse é o resultado de novas classes de algoritmos e ciência de dados que estão levando a novos recursos, por exemplo, transferência de aprendizado, que usa modelos de aprendizado de máquina previamente treinados como pontos de partida avançados para novas tecnologias. A análise avançada permite insights, previsões e recomendações mais profundas.
Outras tecnologias nessa tendência incluem: aprendizado de máquina adaptável, IA de borda, análise de borda, IA explicável, PaaS de IA, redes adversárias generativas e análise de gráficos.

 

Veja o texto original em inglês: https://www.gartner.com/smarterwithgartner/5-trends-appear-on-the-gartner-hype-cycle-for-emerging-technologies-2019

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Rodrigo Cogo

Rodrigo Cogo é o curador do Sinapse Conteúdos de Comunicação em Rede e responsável pela distribuição digital dos canais integrantes da plataforma. Formado em Relações Públicas pela Universidade Federal de Santa Maria, é especialista em Gestão Estratégica da Comunicação Organizacional e Mestre em Ciências da Comunicação, com estudos voltados para a Memória Empresarial e Storytelling, ambos pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (SP). Atuou na Aberje por 14 anos, passando pelas áreas de Conteúdo, Marketing e Desenvolvimento Associativo e tendo sido professor em cursos livres e in company e no MBA da entidade por 10 anos. É autor do livro "Storytelling: as narrativas da memória na estratégia da comunicação".

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