Aberje realiza encontro com a CEO da Page Society na sede da JBS

Os membros dos Conselho Deliberativo, Consultivo e Fiscal da Aberje, junto com representantes das associadas mantenedoras e convidados, se reuniram para um almoço na sede da JBS, mantenedora da entidade, que contou com a presença de Rochelle Ford, CEO da Page Society, a principal comunidade global de lideranças seniores de comunicação, e mediado por Hamilton dos Santos, diretor-executivo da Aberje. O encontro, realizado no dia 7 de novembro, foi organizado com o apoio institucional da JBS e da Page Society e debateu a Cooperação Global em Comunicação e como alavancar uma rede internacional para aprimorar os negócios e a sociedade.
Marcela Rocha, diretora-executiva de Assuntos Corporativos na JBS, agradeceu a presença de todos e destacou o orgulho da empresa em sediar o evento. A JBS foi apresentada como a maior produtora global de alimentos, com receita em torno de US$80 bilhões, operando em 20 países e exportando para mais de 190 nações. A diretora enfatizou que a JBS, apesar de seu tamanho, mantém-se leal às suas origens, um pequeno açougue fundado há 72 anos, e se baseia em valores como trabalho duro, humildade e simplicidade.

A seguir, Rochelle apresentou o trabalho da Page Society, destacando que a entidade “cria uma comunidade entre os principais líderes de comunicação do mundo para ajudar a aprimorar os negócios e a sociedade”. Ela ressaltou que os desafios enfrentados pelos comunicadores são universais e listou quatro questões cruciais que remodelaram o campo: a polarização global; a complexidade da comunicação climática, relevante no contexto da COP30; a disrupção causada pela Inteligência Artificial (IA) e tecnologia; e a fragilidade da confiança nos negócios.
Rochelle apresentou dados de um estudo global da Page ao falar sobre a “Vantagem de Confiança do Brasil”. Globalmente, apenas 26% do público confia que os negócios podem ter um impacto positivo em questões sociais. O Brasil, no entanto, destaca-se com 33% de confiança, sendo o mais alto entre as grandes democracias ocidentais (superando EUA, Canadá e Reino Unido). Para os brasileiros, as prioridades onde os negócios devem atuar são: crescimento econômico, criação de empregos e desenvolvimento de habilidades, questões ambientais, saúde mental e pesquisa e inovação tecnológica.
O estudo indicou passos importantes para reconstruir a confiança:
- Liderar com otimismo, sempre apoiado na verdade: a experiência brasileira mostra que a confiança aumenta quando a comunicação destaca soluções concretas, e não discursos vazios.
- Conectar a atuação corporativa ao valor social: apresente resultados como geração de empregos, inovação e avanços ambientais a partir do impacto positivo que produzem na comunidade.
- Transformar colaboradores em embaixadores: no Brasil, 79% das pessoas confiam em seu empregador, mais do que nos EUA e no Canadá – quando há confiança interna, a credibilidade externa se fortalece.
- Mostrar ações e contexto e explicar as razões por trás das decisões da empresa: isso pode dobrar os níveis de confiança, de 26% para 53% globalmente.
- Promover inclusão e valorizar as vozes locais: incorporar diferentes perspectivas, indígenas, regionais, geracionais, torna a comunicação mais autêntica e relevante.
IA, eficiência e reputação
O debate também abordou a questão da IA. Rochelle enfatizou que a IA generativa, no momento atual, aumenta a nossa eficiência, mas exige supervisão e verificação constantes, devido ao risco de informações incorretas.
Rochelle ainda destacou que o CCO deve auxiliar na formulação da política de IA da organização. A IA não é apenas uma questão tecnológica, mas sim um desafio reputacional, exigindo uma estrutura de governança e de responsabilidade social corporativa. A função do comunicador se torna mais crucial do que nunca no cenário de IA, especialmente para lutar contra a desinformação e assegurar a autenticidade do conteúdo por meio de iniciativas.

Reforçando a importância do associativismo, Hamilton dos Santos e Paulo Henrique Soares, diretor de Comunicação Corporativa do IBRAM, ressaltaram a necessidade de profissionais brasileiros se envolverem mais ativamente em organizações internacionais. O encontro se encerrou com uma citação de Alexis de Tocqueville, feita por Rochelle Ford: “Nas nações democráticas, a ciência da associação é a ciência-mãe; o progresso de todas as outras depende do progresso desta”.
ARTIGOS E COLUNAS
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