Adevani Rotter lança “Comunicação Interna 4.0” pela Editora Aberje e destaca centralidade do humano na era das máquinas

A sede da Aberje, em São Paulo, recebeu na última terça-feira, 25 de novembro, o lançamento de “Comunicação Interna 4.0 – Por que a era das máquinas exige comunicadores mais humanos”, de Adevani Rotter, publicado pela Editora Aberje. Criadora do conceito que dá nome à obra e fundadora da Ação Integrada, agência especializada em comunicação e relacionamento com colaboradores, a autora falou sobre os impactos da tecnologia e da 4ª Revolução Industrial nas práticas de comunicação corporativa.
Na abertura, Hamilton dos Santos, diretor-executivo da Aberje, ressaltou a pertinência do lançamento na semana do Conecta CI. Ao abordar o papel da comunicação interna no contexto atual, destacou que as fronteiras entre o “interno” e o “externo” estão cada vez mais tênues, uma vez que colaboradores transitam continuamente entre diferentes canais. Para Hamilton, esse cenário amplia possibilidades, mas também impõe novos desafios à atuação das áreas de comunicação.
Em seguida, Adevani explicou que a ideia do livro amadureceu ao longo de quase uma década, desde um projeto iniciado em 2016, quando foi convidada por uma cliente para desenvolver competências necessárias para a então emergente Indústria 4.0. A partir daquele trabalho, percebeu que muitas práticas da comunicação interna permaneciam ancoradas em modelos consolidados há décadas, o que motivou a formulação do conceito “4.0”.
“O mundo interno das organizações é sempre refletido. Ele é reflexo do mundo externo e também contribui com o mundo externo”, explicou a autora. Com trajetória iniciada no marketing, passando por pesquisa de mercado, relações públicas e comunicação institucional, Adevani relembrou a criação da Ação Integrada, fundada em Curitiba há 30 anos, em um período em que o termo “comunicação interna” ainda não era amplamente disseminado no mercado. Para ela, lançar o livro na Aberje reforça a conexão histórica da entidade com o desenvolvimento da área e reconhece seu papel como espaço de troca, pesquisa e acolhimento aos profissionais de comunicação.
Fases da Comunicação Interna e conceito 4.0
Durante a conversa, Adevani detalhou as diferenças entre as fases 1.0, 2.0, 3.0 e 4.0 da comunicação interna, destacadas no livro. A fase 1.0 foi marcada pela necessidade das empresas de se comunicar com os empregados por meio de formatos físicos e unidirecionais, como jornais murais e boletins, em um contexto influenciado pela abertura econômica, pela busca por qualidade e pela movimentação sindical no ABC paulista. A 2.0, influenciada pela Web 2.0, marca o início da participação dos colaboradores, com intranets e espaços de troca e opinião.
Já a fase 3.0, alinhada às lógicas da Web 3.0 e às tecnologias generativas, propõe a descentralização da produção de conteúdo e se estrutura nos “3 Cs”: co-criação, colaboração e compartilhamento, estimulando que diversas áreas das empresas se tornem emissoras. Por fim, a 4.0 incorpora os impactos da inteligência artificial, dos algoritmos e da automação, reposicionando o comunicador como agente que integra tecnologia e humanidade.
A autora explicou que o modelo 4.0 se apoia em três pilares: curadoria, associada ao pensamento crítico e ao tratamento da informação; experiência, que valoriza vivências reais e conexões emocionais; e governança, que articula decisões, ações e futuro. “Se eu consigo curar conteúdo e trazer só o que é importante para determinada área, eu consigo dar mais foco”, explicou Adevani, ao falar sobre o papel das lideranças na estratégia de comunicação das organizações. Para ela, o avanço tecnológico torna ainda mais urgente a atuação de profissionais capazes de construir vínculos, gerar sentido e fortalecer culturas organizacionais. “É muita informação”, resumiu.
O livro reúne referências contemporâneas e exemplos práticos e defende que, em um mundo veloz e orientado por dados, a diferenciação das organizações está na capacidade de comunicar com humanidade. Adevani reforçou que colaboradores transitam entre canais internos e externos e, por isso, o papel do comunicador não se limita à transmissão de mensagens, mas envolve a mediação de confiança, a construção de narrativas e o cuidado com as experiências.
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