11 de outubro de 2019

Startups têm até hoje para se inscrever no edital do Mining Hub e ajudar a reinventar o futuro da mineração

O Mining Hub encerra neste dia 11 de outubro de 2019 as inscrições para o M-Start, programa de desenvolvimento para startups e empresas de base tecnológica, com aporte de R$ 1,3 milhão. O objetivo é construir soluções de forma colaborativa para os desafios da mineração, fomentando a inovação aberta. Cofundadora do espaço, a Vale – empresa associada da Aberje – já apadrinhou três iniciativas e coordena o projeto, junto com a também associada Nexa e ainda a Ferrous. Em nove meses de funcionamento, o Mining Hub já conta com 22 mineradoras e 21 fornecedores, em parceria com o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). As inscrições podem ser feitas pelo site www.mininghub.com.br .

Exemplo pioneiro de inovação aberta no setor, o Mining Hub promove desenvolvimento de forma compartilhada. Na mineração, uma área altamente competitiva, toda a cadeia se beneficia com a estratégia. As empresas conseguem ampliar sua capacidade de inovar ao contar com pessoas além de suas fronteiras, representadas pelos atores do ecossistema de inovação; acelerar a obtenção de resultados; e reduzir gastos com P&D. Por outro lado, as startups têm acesso a desafios reais para testar suas soluções, com mais recursos e maior escala. Além disso, podem receber investimentos e desenvolvem networking para se alavancar. Com foco na geração de tecnologia para a indústria 4.0, o conhecimento é disseminado e pode ser aproveitado em diversas frentes. “A propriedade intelectual das soluções fica com as startups, que podem ser desenvolvidas no mercado nacional e internacional. Após o fim de cada ciclo, elas podem continuar aperfeiçoando e adaptando suas soluções para que qualquer mineradora ou fornecedora possa adquirir, incorporar ou contratar a solução, inclusive simultaneamente. Este modelo gera potencial de escala para as startups e aceleração de inovação para a indústria”, explica Hélio Mosquim, gerente de Inovação em TI da Vale.

A partir das principais necessidades detectadas pelas mineradoras, as seis temáticas que embasam o processo são: eficiência operacional, fontes de energia alternativa; gestão de água; gestão de rejeitos e resíduos; segurança: SSO e operacional; e desenvolvimento social.

As soluções do primeiro ciclo foram apresentadas no chamado DemoDay, no dia 11 de junho, quando todas as mineradoras, fornecedores e o Ibram se uniram para conhecer os projetos. Dentre as soluções apadrinhadas pela Vale, a startup LLK desenvolveu um analisador em tempo real do teor de ferro do minério na correia transportadora, baseado em visão artificial.

Em outra frente, o Mining Hub também vem promovendo maior proximidade entre as mineradoras participantes. Todos os meses, no Tech Day, representantes de áreas internas das empresas, como Suprimentos, Recursos Humanos e Comunicação, se encontram por um dia para discutir e compartilhar práticas. “Isso permite que mineradoras de menor porte troquem experiências para adoção de novos processos que apoiam a inovação, contribuindo para a evolução conjunta do setor. Durante esse primeiro ano de funcionamento, o Mining Hub já atraiu o interesse de países como Holanda, Alemanha e Chile, que querem reproduzir iniciativa semelhante”, explica Mosquim.

MINING HUB – O Mining Hub, inciativa única no mundo voltada para interação entre mineradoras, fornecedores, startups e empresas de base tecnológicas, foi inaugurado no Brasil em 2019. Em parceria com o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), instituição associada da Aberje, e a Neo Ventures, o espaço sediado no WeWork, em Belo Horizonte, fomenta inovação aberta. Ocupando todo o quinto andar do prédio, o Hub foi criado para gerar e compartilhar conhecimento no mercado.

O processo começa com as mineradoras, em conjunto, decidindo quais desafios comuns serão lançados em edital através do site mininghub.com.br . Em seguida, as startups inscritas passam por um processo seletivo e são escolhidas para desenvolver o projeto dentro de um dos temas propostos pelas mineradoras. Nesse momento, cada startup é “apadrinhada” por uma empresa, que investe e auxilia no desenvolvimento da tecnologia. No primeiro e no segundo ciclos cadastraram-se 200 e 350 startups, respectivamente, e mais de 15 foram selecionadas para desenvolver soluções inovadoras para a mineração.

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