27 de julho de 2021

Rede Brasil do Pacto Global da ONU reúne CEOs para debaterem agendas de direitos humanos e anticorrupção

Evento CEO Roundtable convida empresas para debaterem medidas de apoio aos objetivos e desafios da ONU

A Rede Brasil do Pacto Global da ONU realizou na quinta-feira (22), com patrocínio da Anglo American, Siemens e SPIC, o evento “CEO Roundtable: conectando as agendas de direitos humanos e anticorrupção das empresas”, com objetivo de mobilizar as companhias a debaterem sobre a importância de unir as agendas de direitos humanos e anticorrupção, e contou com a participação de 16 CEOs. A iniciativa faz parte do chamado às empresas de todos os países para que alinhem voluntariamente suas operações e estratégias com dez princípios universalmente aceitos nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e anticorrupção, e para que tomem medidas de apoio aos objetivos e desafios da ONU.

Nas últimas duas décadas, muitas empresas desenvolveram e implementaram programas robustos de integridade em resposta à promulgação de padrões nacionais e internacionais, exigindo que as instituições previnam, detectem e reajam à corrupção em suas operações globais. “A ONU tem discutido, nos últimos anos, a relação intrínseca entre anticorrupção e proteção aos direitos humanos, considerando ambos como fatores de risco semelhantes para as empresas e a exposição financeira e reputacional”, comentou Olajobi Makinwa, Chief, Intergovernmental Relations & África, do Pacto Global das Nações Unidas.

A conformidade anticorrupção se destaca por ter se tornado uma ferramenta de redução de riscos e um meio de inserir valores éticos na cultura corporativa e que também aborda questões como lavagem de dinheiro, antitruste, proteção ambiental e segurança do trabalhador. “Esse ano os Princípios Orientadores sobre Empresas e Direitos Humanos celebram 10 anos, assim como as Diretrizes da OCDE para Empresas Transnacionais foram atualizados, incluindo os Princípios Orientadores. Esses instrumentos de “soft law” têm inspirado o surgimento de legislações pelo mundo, principalmente na Europa, e que certamente influenciarão as empresas no Brasil. É preciso conhecer o seu impacto nos direitos humanos e construir passos para diminuir os danos causados”, afirmou Ron Popper, CEO da Global Business Initiative on Human Rights.

Patrick Moulette, representante do Grupo de Trabalho Antissuborno da OCDE, destacou na sua fala que aa empresas podem liderar a agenda Anticorrupção e que o relatório de 2020 da organização mostrou que o que leva as empresas a adotarem o Programa Anticorrupção ainda é o objetivo de evitar processo legal e proteger a reputação. Para a Rede Brasil do Pacto Global, a integridade precisa ser vista como um fator competitivo para as corporações e o apoio da alta administração é essencial para incorporar estratégias de compliance de maneira eficaz e demonstrar externamente o compromisso corporativo. Para Olajobi, “os CEOs precisam ir além das palavras e partir para a ação, nesses tempos tão desafiadores como os atuais”. O impulso criado pelo apoio da alta administração à anticorrupção pode ser aproveitado para levantar os recursos necessários para esses esforços internos de compliance com os direitos humanos, criando um “clima intermediário” positivo.

O evento teve as participações dos CEOs da Anglo American, Banco BS2, Braskem, Constellation, CTG BR, Cushman & Wakefield, Eletrobras, EMDOC, Falconi, Mattos Filho, Qualicorp, Santo Antônio Energia, SAP Brasil, Schneider Electric, Siemens e SPIC Brasil.

“O CEO Roundtable foi uma reunião excelente e enriquecedora. Participar dessa discussão conecta os nossos princípios a uma escala global. Temos a integridade como princípio inegociável, por meio do compromisso com as melhores práticas e iniciativas globais contribuímos para uma sociedade mais justa e sustentável”, destaca Adriana Waltrick, CEO da SPIC Brasil.

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