26 de setembro de 2019

Projeto Tietê inclui mais 10 milhões de pessoas nos serviços de saneamento

Desde o seu início, em 1992, o Projeto Tietê trouxe coleta e tratamento  de esgoto para mais 10 milhões de pessoas na Grande São Paulo. Com  investimentos  de  quase  US$  3  bilhões  e uma grande gama de obras realizadas,  o  Projeto  levou  mais  saúde  e  qualidade  de vida para um contingente de pessoas equivalente à população de um país como Portugal ou Suécia.  Num  exemplo  mais  próximo,  é  como  se  o  trabalho  da Sabesp beneficiasse a população das cidades de Brasília e Rio de Janeiro somadas.

O  Projeto  Tietê  é  um  programa de saúde pública focado na ampliação da coleta  e  do  tratamento  de  esgoto  na  Grande  São  Paulo, liderado pela SABESP – associada da Aberje,  impactando positivamente  a  qualidade  de vida dos moradores. O principal objetivo é implantar  a  infraestrutura  de  coleta  e  tratamento de esgoto na bacia hidrográfica  do  Alto  Tietê,  na  Grande  São Paulo, contribuindo para a revitalização  progressiva do Tietê na região e consequentemente nas áreas para onde o rio flui, em especial o Médio Tietê. É essa infraestrutura que evita que o esgoto chegue diretamente ao rio e também aos córregos e outros cursos d’água que nele deságuam.

Desde o início do Projeto, foram construídos mais de 4,5 mil quilômetros de interceptores, coletores-tronco  e redes para coletar e transportar o esgoto  até  as  estações de tratamento. Isso elevou a coleta de esgoto na Região  Metropolitana  de  São  Paulo de 70% para 87% de 1992 a 2018. Já o tratamento  de  esgoto na região passou de 24% para 78%, ou seja, o índice de  esgoto tratado mais que triplicou, mesmo com a população da Grande São Paulo tendo crescido em mais de 6 milhões de pessoas no período.

As obras trouxeram mais saúde, ajudando a reduzir a mortalidade infantil e as doenças de veiculação hídrica, significaram mais cidadania, diminuição da   vulnerabilidade   social,   mais   qualidade   de  vida,  conforto  e desenvolvimento  econômico.  Nas  áreas onde o saneamento chega, aumenta o valor   dos   imóveis,   melhora   o  rendimento  escolar,  há  ganhos  de produtividade  no  trabalho,  diminui  o  absenteísmo e são atraídos novos negócios e investimentos.

POLUIÇÃO – O trabalho vem contribuindo para a redução da mancha de poluição do rio, que  apresenta uma tendência  de queda histórica desde a década de 1990, ainda  que  apresente  algumas  flutuações  momentâneas,  de  acordo com o relatório  anual da SOS Mata Atlântica. De uma maneira geral, a diminuição da  mancha  de  poluição  do Tietê é de cerca de 75% no período. Em 1992 a mancha  se estendia por 530 quilômetros do rio, de Mogi das Cruzes a Barra Bonita,  hoje  está  em  163.  A  melhora  na  qualidade  da água do Tietê beneficiou diretamente a população de cerca de 500 mil pessoas das cidades às  margens  do  rio  em direção ao interior, que deixaram de conviver com essa poluição.

É importante destacar, no entanto, que o processo de despoluição de rios vai  muito  além do saneamento. Fatores como coleta de lixo e varrição de ruas, limpeza de galerias de águas pluviais, controle do uso e ocupação do solo,  o  controle de poluição industrial e a conscientização ambiental da sociedade  também têm impacto na qualidade das águas. Isso porque o esgoto de  ocupações  irregulares,  o  lixo  jogado  nas ruas, fezes de animais e demais  resíduos  também  chegam  aos  rios,  formando  o  que se chama de poluição difusa. Esses fatores exigem a mobilização de diferentes agentes, como  as  prefeituras (inclusive de municípios não atendidos pela Sabesp), órgãos de controle ambiental e os cidadãos.

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